Salvo em Jesus

O hino de que vamos falar é o fruto de uma vida consagrada ao Senhor. Uma vida de alegria e gozo, é a demonstração mais eloquente do que o Senhor pode fazer com uma pessoa que, mesmo fraca e deficiente, descansa n’Ele e vence para honrá-Lo. Trata-se da famosa serva de Deus que viveu entre os anos 1820 e 1915, Fanny Jane Crosby.

Bem cedo, com apenas seis semanas de vida, ficou completamente cega devido a um engano do médico que a tratou. Por isso, nunca chegou a apreciar, com os seus olhos, as belezas do mundo criado por Deus. No entanto esta aflição serviu apenas para a introduzir num mundo novo onde encontrou, mais tarde, Cristo, seu grande Amigo e Guia.

Bem cedo, também, demonstrou seus dotes poéticos, compondo, aos oito anos de idade, sua primeira poesia, a qual revela o seu contentamento e confiança em Deus, mesmo na adversidade. Anos mais tarde começou a escrever hinos sacros, por sugestão do célebre compositor musical, W. B. Bradbury, e dai por diante escreveu tantos hinos que não se sabe, ao certo, o seu verdadeiro número; sabe-se, porém, que somam muito mais de 8.000. Fanny escrevia os hinos com tanto rapidez que em certa ocasião, estando com o Sr. William H. Doane, também compositor de música de muitos hinos, lhe disse; “Tenho uma música que gostaria que ouvisse”, e assim ele a tocou, ela exclamou: “Ora, isso está dizendo: ‘Salvo nos braços de Jesus!'”. Ausentou-se para outra sala e, dentro de poucos minutos, regressou pronunciando as palavras originais deste lindo hino.

Assim, aquela ceguinha, graças à sua disposição alegre, e pela confiança que havia posto em Jesus, “não chorava nem se lamentava por ser cega”, antes tem servido de inspiração a milhões de pessoas, induzindo-as a levarem vidas úteis e alegres.

Salvo Em Jesus

Salvo em Jesus, meu Mestre, tenho perfeita paz;

Tal comunhão com Ele toda aflição desfaz.

Ele me deu certeza da minha salvação,

Oh! que prazer, que gozo enche meu coração!

Salvo em Jesus, meu Mestre,

Tenho perfeita paz,

Tal comunhão com Ele

Toda a aflição desfaz.

Cristo é minha vida, fonte Ele é de amor;

Tira de mim as mágoas, todo o pesar e a dor.

E se eu sofrer a prova, mui fácil me será;

E se verter o pranto, logo Ele enxugará.

Hei de passar a noite sem mais sentir temor;

Breve virá o dia de perenal fulgor.

Oh! que prazer supremo ver a Jesus no lar,

E na mansão de glória, com Ele então reinar!

Letra: Fanny Jane Crosby (1820-1915)

Música: William Howard Doane (1832-1915)

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