É impossível superestimarmos a importância e bênção do lugar que, em Mateus 18:20, foi dado pelo Senhor ao Seu povo durante a atual dispensação. Mas para podermos compreender sua verdadeira importância e extensão, é necessário entendermos as circunstâncias, na própria história do Senhor, que O levaram a tal ponto, e a posição que Ele próprio ocupa agora, exaltado à destra de Deus no céu.
Em Mateus 12 a rejeição do Senhor por Israel é completa, e Ele pronuncia um juízo sobre a nação. No final do capítulo Ele rompe Sua ligação natural com o povo, e faz da obediência à Palavra de Deus o princípio de associação Consigo mesmo e, consequentemente, o princípio de toda bênção. E isto seria colocado em evidência pela expressão “qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 12:50). O vínculo já não seria mais exterior e visível, como havia sido até então, mas seria um vínculo moral e invisível.
Este princípio envolveu uma total mudança na maneira de Deus tratar com o homem, e foi, em seu efeito, a transição da lei para a graça. Sob a lei Jeová veio buscando fruto em Israel, como a parreira em Sua vinha, mas não encontrou nenhum, chegando ao ponto de o próprio Senhor ser rejeitado. A graça entrou então em cena, nada exigindo, mas trazendo consigo aquilo que iria produzir fruto. Este foi o ministério pessoal de Jesus, pelo qual as almas eram salvas e atraídas a Ele.
Rejeitado por Israel, rejeição essa consumada na cruz, Ele coloca de lado, por assim dizer, Seu caráter messiânico, e assume o título mais abrangente de “Filho do homem”, e, como o “Semeador”, sai a semear a semente da Palavra. É a graça trazendo consigo aquilo que produz fruto, e não se limitando a Israel, mas adotando o mundo todo como o campo de suas atividades. Essa mudança introduz o “reino dos céus”, cuja formação e mistérios vemos apresentados em Mateus 13. As semelhanças do reino não são o nosso assunto aqui, e vamos apenas ressaltar que a expressão “reino dos céus” pressupõe que o Rei esteja ausente, no céu, em consequência de Sua rejeição, e, portanto, sua formação e caráter estão condicionadas a este fato.
Em Mateus 16 o Senhor chama os judeus, guiados por seus legisladores, de “geração má e adúltera”, e, deixando-os, vai para a costa de Cesaréia de Filipo com Seus discípulos. Ali, a sós com eles, lhes pergunta o que os homens, de uma maneira geral, pensam e dizem acerca d’Ele. As respostas que dão demonstram a incredulidade geral que havia no homem a respeito de Sua Pessoa. Uns diziam uma coisa, outros diziam outra. Não foi uma rejeição completa e insolente, como a que caracterizava os escribas e fariseus, e sim a indiferença do coração do homem para com Ele que mostrou a falta de uma consciência para com Deus, e também de qualquer conhecimento verdadeiro acerca d’Ele.
Ele então pergunta aos Seus discípulos, “quem dizeis que Eu sou?” (Mt 16:15). A esta pergunta Pedro responde: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo” (Mt 15:17). A resposta de Pedro deu mostras de uma obra da graça em sua alma, e ia muito além de tudo aquilo que associava o Senhor com as promessas e profecias concernentes à Israel e à Terra, dando oportunidade para que o Senhor revelasse os conselhos de Deus a respeito da Igreja. Ele responde: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. (Mt 16:17-18).
O Pai havia revelado a Pedro a glória pessoal de Seu Filho; uma glória que excedia em muito aquela do Messias como Filho Unigênito de Deus no período limitado pelo tempo, conforme o Salmo 2. Ele era o “Filho de Deus vivo” – Aquele que tinha vida em Si mesmo, contra a qual todo o poder de Satanás, como tendo o poder da morte, não prevaleceria. A ressurreição seria a prova disso, e Jesus seria “declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos”. (Rm 1:4). Mas Pedro já sabia disso pela soberana revelação do Pai. E seria sobre aquele conhecimento d’Ele, como Filho de Deus em conformidade com a divina glória de Sua Pessoa, que Cristo edificaria a Sua “assembléia”.
Nessa nova edificação Pedro seria uma pedra proeminente, e Jesus lhe diz: “Eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16:19). Foi assim que a assembleia, que Ele próprio iria edificar, e o “reino dos céus” que Pedro deveria abrir e administrar, ocuparam o lugar de Israel sobre a Terra.
A revelação concernente ao “reino dos céus” e à “assembléia” encerrou todo o testemunho concernente a Ele como o Messias, o Cristo, e “desde então começou Jesus a mostrar aos Seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto e ressuscitar ao terceiro dia” (Mt 16:21). A partir de então Ele ensina Seus discípulos que, se desejassem continuar sendo Seus discípulos e ter parte na nova ordem de coisas que Ele lhes havia revelado, teriam que segui-Lo em Sua rejeição pela nação deles próprios e, se necessário fosse, deveriam sofrer também a morte. A porção deles seria no céu junto a Si mesmo, e quando Ele viesse como o Filho do homem em Sua glória, iria recompensá-los de acordo com as obras que tivessem feito em Sua ausência.
Para confirmá-los em sua fé acerca de Si mesmo, e nas esperanças que lhes havia dado, Ele dá a alguns deles, conforme aprendemos do capítulo seguinte, uma revelação de Si mesmo vindo em Seu reino celestial, declarando-lhes mais uma vez, como “Filho do homem”, que Ele deveria sofrer a morte e ressuscitar, antes que o reino fosse d’Ele, ou deles juntamente Consigo. Ocupados com esse reino, mas em conformidade com seus próprios pensamentos carnais, e sem darem a mínima atenção a tudo o que Ele lhes havia dito acerca de Seus sofrimentos e da senda que O levaria a isso, os discípulos, em Mateus 18:1, perguntam-Lhe: “Quem é o maior no reino dos céus?”. A pergunta deles, ao mesmo tempo que revelava o triste estado moral em que se encontravam, dava ao Senhor a oportunidade de revelar os grandes princípios que pertencem a essa nova ordem de coisas que lhes havia sido revelada.
As instruções dadas em Mateus 18 referem-se ao reino e à assembleia, assuntos estes mencionados especificamente no capítulo 16, e assumem o fato de o Senhor Se encontrar rejeitado por Israel e ausente, no céu, sem que ainda tivesse chegado a glória que foi revelada no capítulo intermediário.
Ele declara, primeiramente, as características do reino. Aqueles que fizessem parte dele deveriam ter um caráter que estivesse em conformidade com Aquele a Quem o reino pertencia. Para entrarem nele, e para serem grandes nele, deveriam ser como criancinhas: fracas e indefesas, que são as características destas. Não poderiam forçar caminho em meio a um mundo hostil; eles seriam objeto do cuidado de Outro, d’Ele mesmo que cuida do fraco e do indefeso. “Seus anjos”, diz o Senhor, “sempre veem a face de meu Pai que está nos céus” (Mt 18:10). Os seguidores do Rei ausente, no céu, deveriam ser caracterizados pela humildade e dependência. Deste modo, deveriam imitar seu Pai que está no céu, O qual considera e recebe o humilde e indefeso, e cujo desejo não era “que um destes pequeninos se perca”, e o próprio Cristo, o Filho do homem, tinha vindo para “salvar o que se tinha perdido” (Mt 18:11-14).
Há ainda outra coisa que deveria caracterizá-los. Como irmãos, eles teriam que tratar uns com os outros no espírito de graça. Deveriam perdoar aqueles que os tivesse ofendido. Deus perdoa os que pecaram contra Ele, e eles deveriam fazer o mesmo. Em resumo, deveriam agir como Cristo agiria; deveriam representá-Lo, durante Sua ausência, como testemunhas por Deus na Terra. Tudo isso era algo individual e, agindo assim, eles seriam verdadeiros filhos do reino.
Mas, além de seu andar e testemunho individual, eles tinham um testemunho coletivo como assembleia de Cristo, e era nesta posição que deveriam, de uma forma especial, representá-Lo sobre a Terra. Havendo Israel, que tivera o trono e o templo de Deus em seu meio, sido colocado totalmente de lado, a assembleia tomaria o lugar de Israel sobre a Terra. O governo de Deus seria, a partir de então, demonstrado na assembleia. A disciplina seria exercida por ela em nome de Cristo, e o que ela ligasse ou desligasse na Terra teria o seu selo no céu. Portanto, quando o exercício de graça individual não surtisse efeito, e tivesse que ser cessar, no caso de alguém que ofendesse a seu irmão, a assembleia cuidaria da questão e declararia o governo de Deus acerca do irmão não arrependido, que seria, a partir de então, tratado como um “gentio e publicano” por aquele que fora ofendido.
Em Mateus 16, onde o Senhor fala pela primeira vez da assembleia, Ele diz que iria edificar a assembleia. O aspecto ali é o de toda a assembleia, em sua divina plenitude e durabilidade, como construída sobre Ele próprio, o Filho de Deus vivo. Isto atende ao que está em Efésios 2:22 e 1 Pedro 2:4-5. É neste edifício que Pedro seria uma pedra, e a ele haviam sido entregues pessoalmente as chaves do reino, com o poder especial de ligar e desligar – uma autoridade que Pedro não poderia delegar, e não delegou, a quem quer que fosse; e, até onde vão as palavras do Senhor, não era para Pedro ter nenhum sucessor. A ideia de um sucessor resultou no papado, onde o homem usurpa o lugar de Deus. O apóstolo Paulo não teve uma tal posição, e, quando escreve aos Coríntios, diz: “A quem perdoardes alguma coisa também eu” (2 Cor 2:10). A assembleia não devia perdoar por ter Paulo perdoado o homem, mas, se a assembleia perdoasse, Paulo também perdoava, agindo assim junto com eles.
Mateus 18 é dirigido aos discípulos de um modo geral, e o aspecto da assembleia é o daqueles reunidos ao nome de Cristo. Não se trata de uma afirmação a respeito da assembleia como um todo sobre a Terra, mas acerca daqueles que estão localmente, porém verdadeiramente, reunidos ao Seu nome. A quantidade de pessoas ou poderes apostólicos nada tem a ver com isso. Aqueles verdadeiramente reunidos ao Seu nome, mesmo que somente dois ou três, teriam a Ele próprio em seu meio. Sua autoridade estaria neles e com eles em virtude de Sua presença. O que fizessem em Seu nome na Terra seria ratificado no céu.
E mais, Ele estaria em seu meio em conformidade com todos os privilégios que Ele tem diante do Pai e, ainda que só dois assim reunidos ao Seu nome, no espírito de unidade e concordes, pedissem alguma coisa em Seu nome, isso seria feito para eles por Seu “Pai, que está nos céus” (Mt 18:19). Sua presença com aqueles assim reunidos seria tão eficaz para a intercessão como para a autoridade. Suas decisões, bem como suas orações, teriam a sanção, e encontrariam eco, no céu, em razão de terem a Jesus em seu meio.
Estarem verdadeiramente “reunidos em (ou “para o”) Meu nome” envolve necessariamente a presença de Jesus no meio daqueles que estão assim reunidos, e isto traz consigo, em todo o tempo, o poder de exercerem autoridade em Seu nome e a eficácia da oração unida, quando dirigida ao Pai em Seu nome. Nenhuma dispersão dos filhos de Deus, e nem tampouco a ruína exterior da Igreja, pode invalidar a santa e preciosa posição de responsabilidade e privilégio assim concedidos por Cristo ao Seu povo durante a Sua ausência. Gostaríamos de salientar que o ensino do Senhor aqui nos dá uma indicação de que dois santos, concordes acerca de algum pedido que farão ao Pai, podem contar com a resposta àquele pedido tão somente por terem assim concordado. É por estarem reunidos ao nome de Cristo como Sua assembleia, tendo, portanto, a Ele em seu meio, que a resposta prometida vem. Perder isto de vista é falsificar toda a posição em que o Senhor coloca o Seu povo em associação Consigo mesmo neste capítulo.
A unidade do Espírito e o Senhorio de Cristo estão assim unidos ao precioso fato, e não promessa, de que “onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí, estou eu no meio deles” (Mt 18:20). Não podemos tratar como algo de pouca importância a compreensão da verdadeira força desta expressão que é estarem “reunidos em (ou “para o”) Meu nome”, já que a presença do Senhor depende disto, e toda bênção e responsabilidade estão associadas à Sua presença.
Primeiramente, é preciso que fique bem claro que não se trata de uma mera reunião voluntária de crentes, não importa quão poucos sejam; tampouco é Sua presença no meio uma promessa que Ele cumpra por estarem eles reunidos concordes e em unidade. A declaração é que “onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí, estou Eu no meio deles”. A expressão “estiverem reunidos” mostra que eles estão reunidos por um poder fora de si mesmos, muito embora a fé e o anseio que vêm de seus corações em resposta àquele Nome, caminhem, sem dúvida alguma, juntamente com esse poder. A verdadeira natureza e essência de sua posição é que trata-se de algo divino, formado e mantido por divino poder.
A mesma graça e poder soberanos que une a alma individualmente ao nome de Jesus para salvação e aceitação diante do Pai, são exercidos para levar juntos, àquele nome, os que foram assim salvos e aceitos. E fazemos bem em lembrar que, em nós mesmos, somos tão incapazes como santos como o fomos como pecadores. A graça que chama e salva é a mesma graça que reúne. É algo doce às nossas almas ponderarmos acerca disto, e entendermos que o mesmo bendito Senhor Jesus que nos salva é Aquele que nos reúne ao Seu nome, a fim de que Ele possa tomar o Seu lugar no meio daqueles que Ele reuniu.
É absolutamente verdadeiro que o agente ativo em tudo isso é o Espírito Santo e que a fé é exercida sob a direção da Palavra de Deus, mas é o próprio Senhor Aquele que reúne tanto quanto é Ele próprio Aquele que salva. Ele não veio apenas para buscar e salvar o perdido, mas morreu para “reunir em um corpo os filhos de Deus, que andavam dispersos” (Jo 1:52). Em Atos 2:47 lemos: “Todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. Esta dupla obra do Senhor Jesus – salvando e reunindo – é algo que a vontade-própria do homem e a malícia de Satanás procuram igualmente impedir.
É, repito, de imensa importância ter claramente diante de nós a compreensão de que é o próprio Senhor Quem reúne Seu povo, e que Satanás está sempre se opondo a esta obra, valendo-se de todos os artifícios e de toda energia de que é capaz. Aqui não se trata, tampouco, de uma questão de salvação, mas de libertar o homem do poder e da autoridade de Satanás, como algo presente, de modo que o reino de Deus é estabelecido aqui neste mundo enquanto Satanás ainda é o seu deus e príncipe.
Quando estava na terra, o Senhor, de forma clara e inequívoca, expulsou Satanás, e reuniu a Si mesmo aqueles que libertou, e vemos este conflito entre Ele e Satanás claramente evidenciado em Mateus 12:22,30. É em referência ao estabelecimento do reino de Deus, e em oposição ao reino de Satanás, que Ele diz: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha”. Satanás não é apenas um destruidor, mas um espalhador, e quando ele não pode destruir (pois certamente ele não pode destruir nem os filhos do Pai e nem as ovelhas do Pastor), ele pode espalhar, e, havendo espalhado, pode mantê-las dispersas, embora não as possa dispersar das mãos de Cristo.
Assim Cristo não apenas amarrou o valente (Mt 12:29), mas pela morte ele anulou completamente o seu poder. Ele edifica Sua assembleia no poder de Sua própria vida como Filho de Deus ressuscitado, muito além do poder da morte, e as portas do hades não podem prevalecer contra ela – o fundamento da vida nas almas de Seu povo está além do alcance do poder de Satanás. Mas além de edificar a Sua assembleia em vida divina, Ele reúne o Seu povo ao Seu próprio nome como uma expressão de Seu poder e autoridade como Rei, no céu, do reino de Deus sobre a Terra. A assembleia traz este caráter em Mateus 18. O poder e o trono de Deus estão ali.
A assembleia (ainda que apenas dois ou três reunidos pelo poder do Espírito Santo ao Seu nome) tem, como temos visto, ocupado o lugar de Israel sobre a terra, e, quanto ao mundo, “os que estão dentro” e “os que estão de fora” aplicam-se a ela (1 Cor 5:12). A assembleia liga e desliga em nome de Cristo, estando Ele próprio, com todo o Seu poder no céu e na Terra, presente para validar tudo que é verdadeiramente feito em Seu nome. Em outras palavras, ao Senhor aprouve constituir como Seu tribunal, não a assembleia como é o corpo batizado com o Espírito Santo e unido à Cabeça no céu, mas a assembleia como reunida localmente ao Seu nome. Como Senhor Ele ali preside em juízo. Neste tribunal não há apelação, já que Suas palavras, “Em verdade vos digo”, deixam isto bem claro, e dão ainda pleno significado à expressão “Dize-o à igreja (ou assembleia)”.
É bastante oportuno vermos que toda disciplina na Igreja de Deus ocorre sobre o fundamento estabelecido pelo Senhor no capítulo dezoito de Mateus. Não se pode questionar o fato de que o apóstolo Paulo respeitava isto e, quando deu instruções à assembleia em Corinto quanto ao modo de tratar do mal em seu meio, ele lhes diz que deviam colocar fora o ímpio, “em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Cor 5:4).
A ruína da Igreja, e a fraqueza e desordem que há em todo lugar, não afetam este terreno de disciplina. Estas coisas permanecem tão válidas em nossos dias, como nos dias dos apóstolos, e está evidente que, ao dar estas instruções em Mateus, o Senhor tinha em vista a ruína. Por esta razão ligou o pleno poder de Seu nome tanto a dois ou três reunidos para o Seu nome, na fraqueza do tempo do encerramento da história terrenal da Igreja, como à assembleia intacta reunida no poder apostólico nos dias de Pentecostes.
Dois ou três reunidos pelo Seu poder para o Seu nome, e guiados por Ele próprio por meio do Espírito em conformidade com a Palavra escrita, exercem o Seu poder em disciplina, em toda a sua extensão, tanto agora como então. A resistência às suas decisões é resistência a Ele próprio. É a independência e a vontade-própria do homem desprezando a “unidade do Espírito” e o senhorio de Cristo. É o poder de Satanás declarando-se contra o poder de Deus. Mas aqueles que, em fé, humildade de espírito e sinceridade de coração, não importa quão fracos sejam em si mesmos, atuarem verdadeiramente para Cristo e Sua glória, têm esta bendita promessa, na qual podem repousar: “E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés” (Rm 16:20).