Autor: Obadias — O profeta, é conhecido somente como Obadias, “Servo, ou Adorador de Jeová”. Nenhuma outra informação está disponível a respeito dele.
A Data
586 a.C.
O fundo histórico da destruição de Jerusalém coloca a data da profecia de Obadias logo após 586 a.C., o ano no qual a cidade sagrada foi derrotada pelos babilônios. A mensagem foi, provavelmente, dada durante o período do exílio de Judá, quando Obadias alerta Edom sobre a vingança de Deus, que estava se aproximando, e assegura a Judá quanto ao contínuo cuidado do Senhor.
O Contexto Histórico
As relações entre Israel e Edom foram marcadas pela hostilidade através do período do AT. O rancor começou quando os dois irmãos gêmeos Esaú e Jacó se dividiram em disputa (Gn 27; 32-33). Os descendentes de Esaú, consequentemente, se estabeleceram numa área chamada Edom, situada ao sul do mar Morto, enquanto os descendentes de Jacó continuaram em direção à Terra Prometida, habitaram em Canaã e se tornaram o povo de Israel. Com o passar dos anos numerosos conflitos se desenvolveram entre os edomitas e os israelitas. Essa amarga rivalidade forma o fundo histórico da profecia de Obadias. Ao longo do período de cerca de 20 anos (605 – 586 a.C.), os babilônios invadiram a terra de Israel e fizeram repetidos ataques à Jerusalém, a qual foi finalmente devastada em 586 a.C.. Os edomitas viram essas incursões como uma oportunidade para extinguir sua amarga sede contra Israel. Então, os edomitas juntaram-se aos babilônios contra seus parentes e ajudaram a profanar a terra de Israel.
O Conteúdo
Obadias é o menor livro do AT. Ele começa com um título que identifica a profecia como “visão de Obadias” e que atribui o pronunciamento do Senhor Jeová (1). O livro é dividido em duas seções principais. A primeira (1-14) é endereça a Edom e anuncia sua inevitável queda. Da sua posição de soberba e falsa segurança, Deus irá derribá-lo (2-4). A terra e o povo serão saqueado e espoliados, a destruição final e completa (5-9). Por quê? Por causa da violência que Edom praticou contra seu irmão Jacó (10), porque Edom de regozijou com o sofrimento de Israel e juntou-se com seus atacantes para roubar e violar Jerusalém no dia da sua calamidade (11-13) e porque os edomitas impediram a fuga do povo de Judá e os entregou aos invasores (14). A segunda seção principal da profecia reflete sobre o Dia do Senhor (15-21). Esse dia será um tempo de retribuição, de colher o que se havia plantado. Para Edom, este é um pronunciamento de perdição (15-16), mas, para Judá de proclamação de liberdade (17-20) Edom será julgado severamente, mas o povo de Deus experimentará a abençoada e gloriosa restauração de sua terra. O monte Sião governará as montanhas de Esaú, e o reino pertencerá ao Senhor (21).
O Espírito Santo em Ação
Em nenhum lugar Obadias faz referência específica ao Espírito Santo ou ao Espírito de Deus. A sua obra, todavia, deve ser admitida. Ele serve como a fonte de inspiração para Obadias, como Aquele que comunica a “visão” (1) que constitui a mensagem de Obadias. Além disso, embora não especificamente identificado como tal, ele funciona como Aquele que instiga o julgamento de Edom, chamando as nações para se levantarem contra o inimigo do povo de Deus. Embora Deus use agentes humanos para executar sua justiça, atrás disso tudo, está a obra do seu Espírito, empurrando, instigando e punindo de acordo com o plano de Deus.
Esboço de Obadias
1 – 14 – O Decreto do Senhor
- 1-4 – A condenação de Edom
- 5-9 – O colapso de Edom
- 10-14 – Os crimes de Edom
15 – 21 – O Dia do Senhor
- 15-16 – O dia da retribuição divina
- 17-20 – O dia da restituição divina
- 21 – O dia do domínio divino
Fonte: Bíblia Plenitude