Na igreja do Novo Testamento, a doutrina do inferno parece ter sido um dos ensinos básicos para os novos convertidos. O escritor da Epístola aos Hebreus se referiu ao “juízo eterno” como um dos princípios elementares da doutrina de Cristo (Hb 6.1-2) – em outras palavras, um ensino fundamental apresentado no início da vida cristã. Em nossos dias, esse ensino tem sido negligenciado; e precisamos tomar tempo para esclarecer nosso entendimento.
Podemos resumir os principais aspectos do ensino bíblico sobre o inferno em cinco proposições simples… O que é o inferno?
1. Um lugar real criado por Deus. Uma ideia contemporânea a respeito do inferno é a de que ele é apenas uma metáfora que se refere à infelicidade que experimentamos nesta vida. Nas memoráveis palavras de Jean Paul Satre, filósofo existencialista francês, “não há necessidade de enxofre ou grades de tortura. O inferno é a outra pessoa”. Para ele, o inferno era a dor causada pela crueldade dos seres humanos. As pessoas falam de suas experiências devastadoras chamando-as de “infernal”. “Passei por um inferno”, elas dizem. O inferno é visto como o lado sombrio da vida, a tristeza e o sofrimento pelos quais as pessoas passam.
Nada disso é verdade. O inferno é um lugar real. Não é uma metáfora nem um símbolo, nem uma descrição de nossa desolação interior ou de nossos sofrimentos presentes, não importando quão angustiantes eles sejam. O inferno não é um estado mental. É um lugar com dimensões espaciais. Na parábola do rico e Lázaro, o rico falou: “Este lugar de tormento” (Lc 16.28), usando a palavra grega normal que significava “lugar”, da qual procede a nossa palavra topografia – a ciência de descrever lugares. A Bíblia nos diz que Judas Iscariotes foi “para o seu próprio lugar” (At 1.25). Não sabemos em que lugar do universo está o inferno; mas ele tem uma localização precisa, em algum lugar. A Bíblia sugere o seu grande distanciamento da vida e da luz de Deus, ao descrevê-lo como “fora” (Mt 8.12; Ap 22.15), “trevas” (Mt 8.12; 22.13; 25.30).
O nome mais característico do inferno, no Novo Testamento, é “gehenna”, uma palavra que tem uma história interessante. Ela se referia ao “Vale de Hinon”, fora de Jerusalém, no qual os israelitas queimavam seus filhos como sacrifício a Moloque, deus amonita (2 Cr 28.3; 33.6; 2 Rs 23.10). Era um lugar de atitudes perversas e de tristeza que angustiava o coração. No século I, o “Vale de Hinom” havia se tornado um depósito de lixo, onde os detritos eram queimados dia e noite. As pessoas dos dias de Jesus associavam-no com fumaça, fedor e vermes – tudo que era detestável e imundo. Esse é o termo horrivelmente vívido que Jesus escolheu como figura apropriada do inferno real.
Visto que o inferno é um lugar, ele foi criado por Deus… Por ordem de Deus, o fogo eterno foi “preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41).
2. Punição justa, terrível e eterna. O inferno é um lugar de punição. Existe alguma ideia mais impopular em nossos dias? Nem todo tipo de punição é inaceitável. A punição corretiva, destinada a tornar o ofensor uma pessoa melhor, é bastante aceitável. Os movimentos “politicamente corretos” ainda não se empenharam por convencer os governos a tirar dos pais o direito de disciplinar os filhos. O propósito da disciplina é ensiná-los a não fazer o que é errado. Nossa esperança é que nossos filhos aprenderão com a experiência desagradável e não tenhamos de puni-los novamente. O serviço prisional segue essa mesma filosofia, na qual o alvo declarado do encarceramento é a reabilitação do criminoso. E alguns admitem uma função para a punição preventiva, empregando-a como um detentor que impede os outros de cometerem a mesma ofensa e, assim, sofrerem uma penalidade semelhante. Essa atitude serve como uma advertência para a comunidade, e a correção dos poucos culpados visa garantir a obediência contínua dos muitos que aderem à lei.
No entanto, a punição que o mundo de hoje não tolera é a retributiva – a punição infligida apenas como recompensa pelo mal, porque é isso que os malfeitores devem sofrer, a punição que caracteriza o ódio pelo que é errado e o compromisso com o que é certo. Esse tipo de punição é considerada bárbara e imoral. Isso acontece não porque as pessoas se tornaram mais humanas ou civilizadas, e sim porque elas são atemorizadas por um espectro sombrio. A sombra do inferno as persegue. Sussurros inquietantes de julgamento por vir ecoam em sua consciência. Essas intimações da ira de Deus deixa as pessoas tão apavoradas, que fazem tudo que podem para remover de nossa sociedade qualquer ideia de punição retributiva (…).
A punição do inferno é retributiva; não é corretiva. Ela não torna ninguém melhor. O purgatório, a ideia de que os seres humanos serão purificados e melhorados por meio de seu sofrimento após a morte, é um mito. Os sofrimentos no inferno não produzem nenhum benefício naqueles que estão sendo punidos ali. O inferno não é uma punição preventiva, exceto no caso de que ouvir sobre ele agora pode levar as pessoas a se converterem do pecado para Cristo. Quando Deus abrir os livros de julgamento e proclamar o destino final de todos, a punição anunciada será o que muitas pessoas odeiam e temem acima de tudo: punição retributiva, imposta porque o errado é errado, e Deus se opõe ao que é errado (…).
A punição será justa porque é imposta pelo santo Senhor Deus, cujos juízos são totalmente verdadeiros e justos. A Escritura nos diz que todos os ímpios serão punidos, mas não no mesmo grau. Alguns sofrerão mais do que outros: quanto maior a culpa, maior a penalidade. Deus lidará com os pecados cometidos na ignorância menos severamente do que lidará com atos de desobediência consciente. “Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites. Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão” (Lc 12.47-48).
Privilégios negligenciados aumentarão a penalidade recebida, pois Cristo deu uma advertência solene às cidades da Galiléia em que ele pregara e realizara milagres: “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida!… no Dia do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom… [e] para com a terra de Sodoma do que para contigo” (Mt 11.21-24). Isso deve ter sido uma afirmação chocante para aqueles que a ouviram em primeira mão. As respeitáveis cidades pesqueiras da Galiléia, aos olhos de Deus mais culpadas do que Tiro, cidade pagã, ou do que a pervertida Sodoma! Mas essa é a severidade de ouvir e rejeitar o Filho de Deus.
Escribas, que desfrutavam de incomparável exposição às Escrituras, mas se comprovaram hipócritas, avarentos e desonestos, “sofrerão juízo muito mais severo” (Mc 12.38-40). Isso deve ser uma consideração solene para aqueles que foram criados em lares cristãos, mas ainda não se renderam ao Salvador. Os mais profundos abismos do inferno estão reservados não para os descaradamente ímpios, e sim para aqueles que desde a infância tinham familiaridade com a mensagem de salvação e, apesar disso, nunca a aceitaram para si mesmos.
A Bíblia não nos mostra como serão os graus do castigo. Talvez Deus infligirá mais dores a alguns. Talvez haverá uma conscientização mais aguda das oportunidades negligenciadas, um remorso mais profundo. O verme da memória – o ensino de um pai ou as orações de uma mãe – talvez sejam parte da tortura dos condenados no inferno. A Bíblia não nos diz… Mas sabemos que a punição será absolutamente justa. Ninguém jamais poderá queixar-se de que não foi justa ou de que não a mereceu. O inferno é justo.
Além disso, o inferno é terrível, pois é um lugar de “choro e ranger de dentes” (Mt 8.12), onde “não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga” (Mc 9.44). Aqueles que forem para o inferno beberão “do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira”; e serão atormentados “com fogo e enxofre… A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite” (Ap 14.10-11). Isso é… terrível.
O inferno é eterno. Apesar das ilusórias “dificuldades” modernas, o ensino das Escrituras é claríssimo. Elas nos falam sobre a “eterna destruição” (2 Ts 1.9), “o fogo eterno… o castigo eterno” (Mt 25.41, 46). Em cada um desses versículos, a palavra usada é a mesma palavra grega aplicada à vida “eterna”. Assim como as alegrias do céu são eternas, assim o são os sofrimentos do inferno. Judas se referiu ao “fogo eterno” (7) e à “negridão das trevas, para sempre” (13).
Quão apavorante será essa punição – justa, terrível e eterna! João Calvino disse: “Por meio dessas expressões, o Espírito Santo tencionava, certamente, consternar todos os nossos sensos com pavor”.
3. Para o Diabo, seus anjos e os não-salvos. “Todas as pessoas interessantes estarão no inferno”, escreveu George Bernard Shaw, o dramaturgo irlandês, em uma peça de blasfêmia insolente. Mas isso não é o que a Bíblia nos diz.
O Diabo estará no inferno, “lançado… dentro do lago de fogo e enxofre” (Ap 20.10). Acompanhando-o, estarão os “seus anjos” (Mt 25.41), que no presente estão guardados, “em algemas eternas, para o juízo do grande Dia” (Jd 6). Esses demônios, já cientes de seu destino final, quando Jesus esteve na terra, curvaram-se diante do poder do Salvador, clamando: “Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos?… Rogavam-lhe que não os mandasse sair para o abismo” (Mc 1.24; Lc 8.31).
O inferno é também para os notoriamente ímpios. “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre” (Ap 21.8). Que galeria de embusteiros repulsiva! Essas são as “pessoas interessantes” de Bernard Shaw.
Entretanto, não são apenas os ousadamente maus que estarão no inferno. O apóstolo Paulo identifica para nós aqueles contra os quais Deus tomará vingança “em chama de fogo”. Quem são eles? Quem são esses monstros de depravação? Os Hittlers? Os Stalins? Sim. Mas, também, todos “os que não conhecem a Deus e… os que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus” (2 Ts 1.8). Muitos deles são pessoas decentes, exteriormente corretas. São bons cidadãos, pais cuidadosos, empregados confiáveis, vizinhos amáveis – porém nunca creram em Cristo como seu Salvador. Recusaram obedecer “ao Evangelho”.
Você está nessa condição? Talvez pense em si mesmo como uma pessoa razoavelmente boa. Talvez pense que não é culpado de nenhum grande pecado e nunca fez alguma coisa de que se envergonha. Mas o Evangelho diz: “Crê no Senhor Jesus”; e você não tem obedecido a esse mandamento. Ainda que você não tenha cometido outro pecado, Deus tomará vingança de você, em chama de fogo, se não obedecer ao Evangelho. Somente aqueles que creram em Cristo escaparão do inferno. “Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36). E “quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).
4. O irrevogável destino do incrédulo na morte. No Dia do Juízo, os corpos dos incrédulos ressuscitarão dos sepulcros, serão unidos novamente à sua alma e lançados no inferno. Contudo, precisamos lembrar que a alma do incrédulo já está no inferno. Não existe nenhuma “terra de ninguém” no universo, nenhuma sala de espera entre o céu e o inferno, nenhum sono da alma ou período de inconsciência até à segunda vinda de Cristo. As almas que não habitam seus corpos estão no céu ou no inferno.
Quando os crentes morrem, as suas almas seguem imediatamente para estar com Cristo. Paulo queria “partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Fp 1.23). O próprio Salvador disse ao ladrão que estava para morrer: “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Isso é exatamente o que acontece com todo crente quando morre. Por contrário, quando um incrédulo morre, ele parte para estar com Satanás, o que é infinitamente pior. E, quando passa deste mundo, o Diabo lhe sussurra, com triunfo: “Hoje você estará comigo no inferno”. Não existem outras possibilidades. Ou nossa alma estará com Cristo, ou estará com Satanás.
As palavras “Sheol”, no Antigo Testamento, e “Hades”, no Novo Testamento, têm sido entendidas por alguns como que se referindo a um estado neutro, intermediário, vivido por todos os seres humanos até ao retorno de Cristo. Mas isso se deve a um entendimento errado, pois essas palavras são usadas nas Escrituras em, pelo menos, dois sentidos. Às vezes, referem-se ao sepulcro, aonde todos vamos, e, às vezes, ao lugar de punição, ao qual o crente não vai. Alguns versões da Bíblia traduzem corretamente “Sheol”, de acordo com o contexto, variando-a entre “sepulcro”, “abismo” e “inferno”.
Ainda que as Escrituras nos falem mais sobre o destino dos crentes do que sobre o dos perdidos, seu ensino é bem claro no que diz respeito àqueles que morrem sem Cristo. A parábola de nosso Senhor sobre o rico e Lázaro refere-se evidentemente ao período de tempo anterior à ressurreição geral. O rico havia morrido e sido sepultado, e seus cinco irmãos ainda viviam na terra. O fim do mundo ainda não chegara. Contudo, embora morto, ele estava consciente, porque “no inferno, estando em tormentos, levantou os olhos”. Seu corpo estava em decomposição no sepulcro, mas sua alma experimentava agonia no inferno. “Estou atormentado nesta chama”, ele clamou (Lc 16.23-24).
Todos os que morreram na incredulidade estão sofrendo neste momento. “O Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo” (2 Pe 2.9). Não há uma segunda chance, nenhuma esperança futura, nenhuma utilidade em orar pelos mortos. Estão além do alcance de nossas orações, que não mais os ajuda. Nem mesmo o Deus todo-poderoso os ajudará.
Essa é a razão por que o Evangelho é tão urgente. É o motivo por que Deus nos chama a crer agora, porque, depois de mortos, será tarde demais. Naquele momento, a alma está irrevogavelmente perdida, aguardando somente a sua reunião com o corpo condenado no Último Dia.
5. O inferno é governado por Deus e existe para a sua glória. Precisamos enfatizar que o inferno é governado por Deus, pois existe uma ideia popular de que o inferno está, de algum modo, fora do alcance e da presença de Deus. Muitos acham que o inferno é como um repositório de lixo atômico no qual Deus confinará os ímpios. Ele será lacrado, enterrado e esquecido. E as almas que estão naquele lugar pavoroso serão deixadas à mercê de seus próprios artifícios. Talvez John Milton, embora tenha sido um grande poeta puritano, foi em parte responsável por essa ideia errônea. Em sua obra Paraíso Perdido, ele dedica grande quantidade de atenção a Satanás, o anjo-chefe. Quando o Diabo está entrando no inferno, Milton o faz dizer: “Pelo menos aqui seremos livres… Aqui poderemos reinar tranquilos. E, em minha escolha, reinar é uma ambição digna, embora no inferno. É melhor reinar no inferno do que servir no céu”.
O poeta está dando ao Diabo uma pálida esperança. “Aqui seremos livres… Aqui poderemos reinar seguros”. Talvez isso seja realmente o que o Diabo pensa e anseia. “Eu posso ser ímpio, mas serei meu próprio senhor. Este pode ser um lugar de miséria, mas, pelo menos, conseguirei ficar longe de Deus”. Muitos concordam com ele e pensam no inferno como o lugar em que Satanás reina.
Isso não é verdade. O inferno é um lugar em que somente Deus governa. Não é um reino demoníaco independente e absoluto. Deus, que “tem poder para lançar no inferno” (Lc 12.5), governa-o e preparou as suas chamas (Mt 25.41). Ele está presente no inferno, pois os condenados são atormentados “diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro” (Ap 14.10). Que afirmação terrível e misteriosa!
Não, os demônios não reinam no inferno. Não devemos retratar o Diabo como um herói trágico e rebelde que vive sozinho e ergue seu punho para Deus. Milton cometeu esse erro quando colocou estas palavras nos lábios de Satanás: “E se o campo for perdido? Nem tudo está perdido; a vontade inconquistável… e a coragem de nunca submeter-se ou render-se: essa glória a ira ou o poder de Deus nunca me tirará… Curvar-me e implorar por graça, com prostração humilde, e exaltar o poder dele… isso seria ignomínia e vergonha aqui em embaixo, nesta desgraça”.
Isso nos causa profunda compaixão, não? Embora terrível, há algo magnificente no que concerne à vontade inconquistável, a criatura maldita e obstinada, o espírito que não pode ser quebrantado. Esse desafio apela à nossa natureza arrogante e caída; mas é um desafio espúrio. “Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.10-11). Satanás não será “livre”, sua vontade não é “inconquistável”, sua “coragem” será inexistente, sua “ignomínia e vergonha”, total. “Tudo” já “está perdido”. Ele não será um príncipe negro, apavorante em sua dignidade ímpia, e sim uma criatura desprezível, prostrada diante do Rei e Senhor de tudo. Deus reina no inferno, como reina no céu.
Temos de lembrar também que o inferno existe para a glória de Deus… No inferno, e só podemos dizer isso com temor reverente, a glória de Deus será revelada de maneiras novas e admiráveis. Sua autoridade como Rei será vista mais claramente do que já foi possível antes. Novos aspectos de sua santidade e justiça serão revelados ao seu povo extasiado.
Ousemos crer nisso porque as Escrituras o ensinam. O último livro da Bíblia nos mostra os habitantes santos do céu louvando e agradecendo a Deus pelo inferno. Os vinte e quatro anciãos prostram-se sobre o seu rosto, diante de Deus, afirmando: “Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso… porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar. Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos” (Ap 11.17-18).
O anjo das águas louva o Senhor por seus juízos: “Tu és justo… pois julgaste estas coisas… também sangue lhes tens dado a beber; são dignos disso” (Ap 16.5-6). Assim como toda a criação, o inferno existe para a glória de Deus.
Edward Donnelly – Foi criado na Igreja Reformada Presbiteriana e se formou na Queen’s University e em Teologia na RP Seminary, Pittsburgh, USA. Donnelly já escreveu alguns livros. Ele também é diretor e professor de Antigo Testamento na Reformed Presbyterian College, em Belfast. [ Original em Inglês: “Biblical Teaching on the Doctrines of Heaven and Hell”, publicado pela “Banner of Truth Trust”, p. 16-24 | © Editora FIEL 2011.