O Homossexualismo e a Palavra de Deus
Há alguns anos atrás assisti a uma conferência (Série de Estudos) onde foi abordado o assunto “O Homossexualismo e a Igreja”. Um irmão de certa idade e maturidade espiritual comentava o fato que anos atrás tais assuntos nem eram mencionados em público, mas que hoje em dia era necessário falar. Tem razão. O homossexualismo tem mais e mais aceitação no mundo como “estilo de vida alternativo”, tão aceitável quanto à heterossexualidade.
A legislação na Inglaterra recentemente foi alterada para dar lugar a “casamentos” entre casais do mesmo sexo, com direito a adotar crianças. Não é nenhum segredo que uma ministra do governo está a favor de uma mudança semelhante na legislação brasileira. Existem até “igrejas” que ensinam que o homossexualismo é certo uma vez que os casais permanecem fiéis um ao outro. O que é o homossexualismo? O mestre Aurélio nos fornece a seguinte definição para “homossexual”:
“Relativo à afinidade, atração e/ou comportamento sexuais entre indivíduos do mesmo sexo”.
Comportamento homossexual, portanto se diz respeito a relações sexuais entre homem e homem ou mulher e mulher (o lesbianismo).
Reconhecemos que num bem pequeno número de ocorrências pode existir problemas de natureza hormonal ou até física. Tais casos necessitam tratamento medicinal ou mesmo cirúrgico, junto com todo apoio que é possível dar. Deve ser registrado, todavia, que em geral o homossexualismo não se refere a uma doença, e sim a uma opção de vida, o que é exatamente como a própria comunidade homossexual o define.
A irmã Susan Dibble se coloca corretamente frente à tendência moderna: “Existem muitas teorias sobre as causas da homossexualidade. Mas, não importa qual seja a razão, Deus nos diz que é um pecado” (“Antes do Dia do Casamento”, pág. 36). Ser “gay” é uma opção, mas não é uma opção válida para quem deseja obedecer ao Senhor. O ensino da Bíblia é claro desde Gênesis até Apocalipse. A prática do homossexualismo é pecado perante os olhos de um Deus santo. Não é o único pecado de natureza sexual, todavia é um deles.
COMO ERA NO PRINCÍPIO?!
O Senhor Deus criou o ser humano – homem e mulher (Gn 1 e 2). Foi estabelecido o casamento como sendo a Sua vontade para o Seu povo. O ato sexual foi criado pôr Deus dentro do matrimonio para prazer e procriação. No casamento o sexo é santo (Hb 13:4). Qualquer ato sexual fora do casamento é ilícito e sujeito à condenação divina. Logo se percebe que o homossexualismo está bem longe de ser o que o Altíssimo planejou para a raça humana.
Em Gênesis 3 lemos sobre a tragédia da queda humana e a entrada do pecado e a morte no mundo. Começando com este triste acontecimento a história humana está num declínio marcante. A maioria das pessoas ao ler esta afirmação não concordaria. Desde a publicação do livro “Sobre a Origem de Espécies” por Charles Darwin em 1859 muitos acreditam que a humanidade só está melhorando com a evolução do ser humano desde os supostos ancestrais que compartilhamos com os macacos até o homem sofisticado do século 21. A história da crença religiosa é tratada sob a mesma ótica. Entendem que o homem começou com um politeísmo primitivo (adoração do sol, rios, rochas etc.), passou através de um politeísmo mais sofisticado (ídolos) e chegou ao monoteísmo dos judeus, cristãos e muçulmanos.
O homem “moderno” acha que sabe bem melhor e adora a si mesmo! O apóstolo Paulo em Romanos 1 demonstra que a verdade é bem diferente. Desde o início, o homem conhecera a Deus, mas em vez de glorificar este Deus de bondade e amor e demonstrar gratidão ficou possesso de um tipo de cegueira moral. “Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos” (Rm 1:22). Como resultado desta loucura a humanidade trocou a glória do Deus incorruptível por todo tipo de idolatria.
A resposta de Deus a tudo isso foi que Ele os abandonou ou os entregou (Rm 1:24, 26, 28). Como diz outra versão da Bíblia: “Eles abandonaram a Deus e por isso Deus os abandonou”. É uma expressão muito forte falando do ato pelo qual Deus entregou a raça humana para ser julgado por causa do pecado. É como se o Eterno estivesse dizendo: “Tudo bem, vocês não me querem, vou deixá-los irem embora. Nada farei para impedi-los, mas terão que arcar com as consequências”. Por este motivo a ira de Deus se manifesta do céu sobre a humanidade (Rm 1:18). Individualmente sentimos os efeitos desta ira todos os dias por vivermos num mundo cheio de problemas e pecado.
Se as pessoas individualmente não creem em Cristo estão condenados a permanecerem sob a ira de Deus eternamente. O que acontece ao homem deixado na sua própria concupiscência é amplamente demonstrada em Romanos 1:24-32. Inclui a imoralidade sexual (24-25), a homossexualidade generalizada (26-27) e a devassidão moral total (28-32). O último passo neste carnaval de libertinagem é o louvor público para quem pratica estas coisas (32). Assim podemos ver porque estamos onde estamos nos dias de hoje. O homossexualismo, junto com outros pecados, é condenado por Deus mas praticado e apoiado mais e mais por uma humanidade corrupta, rapidamente correndo para o julgamento divino.
O PECADO DE SODOMA
O apóstolo Paulo usa a palavra “sodomita” como sinônimo de homossexual (I Cor 6:10). O motivo pode ser discernido no relato de Gênesis 19. O pecado mais evidente de Sodoma era o homossexualismo. Os homens de Sodoma queriam que Ló entregasse seus convidados a eles para a prática de torpeza. Acharam que eram apenas rapazes bonitos, não sabiam que eram anjos de Deus! Depois que Deus enviou os seus servos fora da cidade, junto com Ló e a sua família, destruiu Sodoma e Gomorra com fogo e enxofre. Na época da Lei, o homossexualismo era considerado como abominação perante Deus e ofensa digna de morte (Lv 18:22; 20:13).
Paulo não é mais brando ao tratar este assunto. O homossexualismo traz consequências físicas e espirituais (Rm 1:27), quem o pratica não há de herdar o reino de Deus (I Cor 6:9-10) e quem nisso permanece há de sofrer toda a penalidade da lei de Deus (I Tm 1:9-10) ou seja a morte física e espiritual que leva à separação eterna.
UMA PALAVRA DE ESPERANÇA
I Coríntios 6 cita uma lista de pessoas injustas que não herdarão o reino de Deus que inclui (entre outros) “efeminados” e “sodomitas”. Ao considerar os irmãos daquela igreja Paulo diz estas palavras extraordinárias:
“Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (I Cor 6:11).
O mundo diz que uma vez “gay” sempre “gay”. Quanto a pratica do homossexualismo, esta afirmação não é verdade. Muitas pessoas que eram gays se converteram ao Senhor Jesus e pela graça e força do nosso Deus não praticam mais este pecado. Não é fácil, pois semelhantemente a outros pecados a pessoa muitas vezes fica escravizada, mas Deus é poderoso e fiel! William McDonald escreve: “Quanto à tendência para o homossexualismo um cristão pode ter que lutar contra isto pelo resto da vida, mas pode achar vitória ao direcionar toda a sua energia em serviço dedicado ao seu Rei, o Senhor Jesus” (“Vida Nova com Jesus”, pág. 40).
A BÍBLIA APÓIA O HOMOSSEXUALISMO?
Talvez pareça estranha esta pergunta, mas tristemente existem pessoas, com Bíblias abertas nas mãos, que usam versículos seletivos mal interpretados para “provar” que a escuridão é luz e o errado é certo. É insinuado que Davi tinha um relacionamento homossexual com Jônatas. Não diz II Samuel 1:26 “Angustiado estou pôr ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras!
“Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor de mulheres”? Os relatos acerca de Davi e Jônatas, incluindo este lamento proferido depois da morte do grande amigo de Davi, em nada sugerem um relacionamento homossexual. Que existia amor fraternal e companheirismo mesmo na adversidade, isto sim, mas de paixão erótica, nada. Interessante que é justamente acerca de Davi que inventam esta estória! É fato conhecido que o ponto fraco dele era as mulheres!
As teorias de “lobos cruéis” vestidos de pastor evangélico não se restringem ao Velho Testamento. O apóstolo João recostou sobre o peito de Cristo na ceia e se considerava o “discípulo a quem Jesus amava” (Jo 21:20). Por isso diz que ali há prova de relacionamento homossexual. É só citar a teoria para ver que vem de mente torpe. Mais uma vez, não existe o mínimo apoio nas Escrituras para esta blasfêmia contra a figura santa do Filho de Deus. “Eunuco” não é sinônimo de homossexual, como fazem crer os tais ensinadores.
Em Mateus 19:12 Cristo fala de vários tipos de eunuco, palavra que significa “homem castrado”. Existem os que nasceram assim, os que foram feitos assim pelos homens e, em figura, os que se tornaram assim pôr amor do reino de Deus. Não é difícil entender este ensino. Existem irmãos que voluntariamente renunciam o casamento para melhor servir ao Senhor. Podem se casar e viver uma vida sexual plena. Não o fazem. Esta renuncia não é pôr motivo físico ou pôr imposição eclesiástica, mas pôr vontade própria. Tais são os “eunucos” pelo reino de Deus e damos graças pela memória e o exemplo de todos assim.
Em resumo, a prática do homossexualismo é pecado, não deve ser admitido na vida do filho de Deus. É claro que pessoas que continuam neste pecado não podem fazer parte na comunhão de uma igreja Neo-Testamentária. Todavia, por se tratar de uma opção voluntária pode ser renunciada e abandonada, mesmo com muita dificuldade. A graça de Deus é mais do que suficiente para salvar e redirecionar qualquer um para uma vida de utilidade espiritual que traz glória ao Senhor Jesus.
Jaime Jardine