O Evangelho da Bíblia
O Evangelho autêntico, encontrado nas páginas das Escrituras, não oferece ao homem libertação de todas as enfermidades, problemas financeiros ou outros a que todos estamos sujeitos, mas garante que ao aceitar o plano de Deus para o nosso resgate, crendo no Senhor Jesus, então “tem a vida eterna, não entra em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5:24), pois, “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1); oferece algo muito mais valioso do que qualquer outro Evangelho propõe, “pois o que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder a sua alma?” (Mt 16:26).
“Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue Evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (Gl 1:8).
O Evangelho da Bíblia “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1:16). É o Evangelho que afirma que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3:23), e que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23): não a morte física, mas a eterna separação de Deus. Ele não propõe uma reforma na vida através de boas obras, mas afirma que “quem não nascer de novo não pode ver o reino de Deus… quem não nascer de novo não pode entrar no reino de Deus” (Jo 3:3, 5). Este Evangelho mostra que “Deus amou o mundo (os seres humanos) de tal maneira, que deu o Seu Filho unigênito para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).
Ao mesmo tempo em que mostra o amor de Deus por nós, e o interesse que Ele tem em salvar-nos da perdição eterna “não querendo que ninguém pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (II Pe 3:9), ele mostra que aquele que não crê no Filho “já está condenado” (Jo 3:18), e “não verá a vida, pois sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3:36): isso porque embora Ele “perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado”, “não inocenta o culpado” (Ex 34:7).
O Evangelho apresentado pela Bíblia não mente ao homem, tentando persuadi-lo a achar que pode alcançar o favor divino por méritos próprios. Pelo contrário, ele mostra com muita ênfase que “não há justo, nem um sequer” (Rm 3:10) e que “ninguém será justificado perante Deus pelas obras da lei, pelo contrário, pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm 3:20).
Ele ainda alerta o homem do fato de que no dia do grande julgamento, quando “grandes e pequenos” estiverem “diante d’Ele”, “aquele cujo nome não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”: “esta é a segunda morte, o lago de fogo” (Ap 20:14-15).
Este é o Evangelho da Bíblia, que não ilude o homem com falsas promessas, nem pretensões vazias, antes mostra aquilo que somos aos olhos de Deus: amados, mas pecadores e, portanto, perdidos e condenados; que mostra o que o Senhor fez para nossa salvação: derramou a Sua ira sobre o Seu próprio Filho na cruz do Calvário, para que pudesse ser desviada de nós; e mostra o único meio pelo qual podemos obter a salvação; aceitando o Senhor Jesus como Salvador. Ele é a Porta (Jo 10:9), o Caminho (Jo 14:6), e “não há salvação em nenhum outro” (At 4:12), pois “ninguém vem ao Pai, a não ser por Mim” (Jo 14:6).
Júlio Eder Sales Carvalho