O autor deste hino foi o Sr. Bernard de Chairvaux, nascido num castelo em Lês Fontaines, próximo a Dijon, na Burgúndia. Filho de um cavalheiro medieval e da Sra. Aletta, teve uma boa educação e foi cercado de todos os favores e vantagens, dotado de beleza e boas maneiras, foi o que este mundo aguardava deste menino. Sua mãe, a Sra. Aletta, orava para que seu filho fosse um santo mensageiro de Deus. Infelizmente, não chegou a ver a resposta a suas orações, pois faleceu, na fé, quando Bernard tinha apenas quatorze anos de idade.
Com 22 anos ingressava na vida monástica no “Cistercian Monastry de Citeaux”, próximo de Dijon. Era muito talentoso, brilhante e possuía uma irresistível influência, com grande poder de súplica, características que o marcaram como líder. Sua influência nos outros foi tão marcante que. ao entrar na vida monástica, persuadiu um tio seu, mais dois irmãos a se juntarem a ele. As práticas rigorosas da Ordem eram duras, mas Bernard as observava diligentemente, mesmo com o risco de prejudicar a sua saúde. No mosteiro, sua austeridade e perseverança trouxeram-lhe muita admiração e promoção e, assim, logo após dois anos foi enviado de Citeaux, como líder de um grupo de doce monges para fundarem uma instituição para meninas.
Localizado numa clareira do caminho da floresta do “Vale de Wormwood”, eles começaram o trabalho e, com Bernard como abade, transformaram aquele sítio e chamaram-no de “Chairvaux, o Vale da Luz” . Foi lá que Bernard passou o seus dias mais felizes, mantendo comunhão com Deus. Martinho Lutero deu testemunho dele, dizendo: ” Se já viveu na terra um homem temente a Deus. Esse homem era Bernard de Chairvaux”.
Bernard morreu no mosteiro de Chairvaux em 1153, aos sessenta e três anos de idade, cansado deste mundo e feliz no descanso eterno. Sua contribuição para a hinologia foi na forma de poemas escritos em latim. Os dois melhores conhecidos e que foram preservados são: “Jesus Dulcis Memória” (Jesus Doce Memória), um poema sobre o nome de Cristo, e “Jesus Mondi Salutari” (Jesus o Salvador do mundo), uma meditação sobre o Salvador sofredor. Com relação ao primeiro, que preciosa meditação de Cristo está expressa nesse precioso poema. O poema é rico e pleno de beleza. A pessoa de Cristo encheu e satisfez o coração de Bernard, naquela escura idade média, dentro do convento, em Chairvaux. Lá, vez após vez, com a alma sedenta, deixava de lado coisas atraentes do mundo para buscar a comunhão com Cristo. Muitas vezes fugia da escuridão da opressão do pecado para descansar na luz e no calor da presença do Salvador.
Realmente. Seu nome faz tremer o nosso coração. Sua memória é agradável. Quando ausente, nosso coração almeja por Ele e nosso espírito deseja o descanso. A comunhão com Ele faz o coração arder e desejamos que fique conosco. Sim, hoje mesmo, há satisfação em Cristo para os corações que se acham carregados de pecado. Há pleno gozo no conhecimento de Cristo e muito amor, particularmente para aqueles que têm caído; e há abundancia em Cristo, suficiente para preencher os corações carente de descanso.
A tradução ao Português é de Albert Henry Storrie, feita da versão inglesa de Edward Caswall. A música é ST. ANNIE de William Croft.
Meditação Sublime
Jesus, Senhor, em Ti pensar
Nos traz doçura e paz,
Quão deleitável meditar
No amor que satisfaz.
É muito mais. Senhor Jesus.
Nós desejamos ver
Teu rosto na celeste luz,
No céu Te engrandecer.
Que seja para ti, Senhor,
Suprema devoção!
Es digno, nosso Salvador,
De toda adoração.
Letra: Bernard de Chairvaux (1091-1153)
Música: William Croft – Nasceu no dia 10 de dezembro de 1678 em Nether Ettington, Warwickshire, Inglaterra. Faleceu no dia 14 de Agosto de 1727 em Londres. Inglaterra. Repousa na Abadia de Westminster, Londres. Inglaterra.