Homens Ilustres
Há três homens ilustres na Bíblia dos quais podemos aprender alguma coisa se quisermos ser agradáveis a Deus e vasos úteis em nosso serviço e testemunho. São eles: Abraão, Jacó e Moisés. O que é dito nas escrituras sobre estes homens é deveras importante.
- Abraão – Amigo de Deus.
- Jacó – Príncipe com Deus.
- Moisés – Homem de Deus.
Porque não deveria cada crente que lê estas linhas aspirar ser todos os três em um? Não há limite para o que o Espírito Santo pode realizar em almas disponíveis a Deus. “… Apresentai-vos a Deus…”. diz o apóstolo Paulo em Romanos 6:13.
1. O AMIGO DE DEUS
“Abraão, Teu amigo!” Assim Josafá falou ao Senhor em oração em II Crônicas 20:7. “Abraão, meu amigo”, disse o Senhor Jehová em Isaías 41:8. O apóstolo Tiago com estas escrituras em mente escreveu de Abraão que ele “Foi chamado o amigo de Deus”.
O patriarca é assim descrito porque:
1) Por causa de sua pronta obediência à palavra de Deus;
2) Porque ele definitivamente separou-se do mundo e seu sistema;
3) Porque ele deu mais valor ao invisível do que ao visível.
Onde estamos nós na questão da obediência?
A palavra está frequentemente em nossos lábios, mas ela caracteriza nossas vidas? É nosso hábito examinar as escrituras cuidadosamente afim de descobrir a vontade de Deus e fazê-la?
Separação é outra palavra muito comum entre nós. Mas temos sido fiéis às suas implicações? O que dizer sobre associações em clubes e sindicatos cujos princípios estão à margem das escrituras, e a participação com o mundo em seus conflitos diretos? Todas estas coisas têm se desenvolvido alarmantemente ao nosso redor neste século, e muitos filhos de Deus são profundamente envolvidos. Não são estas coisas em si mesmas uma indicação da baixa condição espiritual, e causa da falta de bênção na obra do Evangelho? Não deveriam estas coisas ser julgadas e repudiadas? A fé de Abraão olhava para além deste mundo, para o invisível. Ele via uma pátria melhor e “olhava para a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hb 11:8-16). Onde estão os nossos corações? Estão eles realmente colocados nas coisas que são de cima? O Cristo ressurreto e glorificado enche a visão de nossa alma?
Com um homem tal qual Abraão, Deus podia se familiarizar. Ele visitou-o e manteve comunhão com ele; e em uma certa ocasião notável Ele disse: “Ocultarei eu a Abraão o que faço?” (Gn 18:17). Deus tem grandes coisas para mostrar-nos, assim como tinha para Abraão, se apenas nossos corações estiverem abertos o suficiente para deixá-lo entrar.
2. UM PRÍNCIPE COM DEUS
Conquanto Jacó tinha sido um personagem diferente, Deus disse-lhe uma noite: “… como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste” (Gn 32:28; Os 12:3-5). Mas quando isso foi dito a ele? Após anos de estratagemas em vantagem própria (contudo possuindo uma fé verdadeira no fundo do coração), ele foi tornado coxo pelo seu visitante noturno. O habilidoso maquinador de “esquemas”, podia agora apenas agarrar-se àquele que havia quebrado a sua força. Por estranho que isso possa parecer, isto deu-lhe real poder com Deus. Somos nós impotentes o suficiente para perceber uma profunda necessidade de Deus? Nas coisas espirituais, fraqueza é força.
Irmãos, temos nós aprendido a orar? Nossas reuniões de oração consistem de almas conscientemente necessitadas de ajuda, e determinadas a alcançar a bênção de Deus? Tais reuniões de oração não falham em alcançar grandes e abrangentes resultados.
3. UM HOMEM DE DEUS
Moisés é o primeiro homem nas escrituras a ser chamado um homem de Deus (Dt 34:1). Olhemos para este homem! Criado nos círculos reais do Egito com todas as oportunidades para tornar-se mundialmente famoso, Moisés abriu mão de tudo por Deus e seu povo. O vitupério de Cristo era mais importante para ele do que os prazeres do Egito. Do palácio do mais poderoso monarca daquele tempo, ele desceu a uma fazenda desconhecida, para cuidar de ovelhas. Após tal treinamento ele tornou-se o líder de um povo ingrato como o mundo jamais conheceu. Mas ele “ficou firme, como vendo o invisível” (Hb 11:27). Ele estava totalmente fora do sistema mundano para Deus e em consequência, adquiriu intimidade com Deus, tal qual, poucos conseguiram (Dt 34:10). Como têm sido conosco? Por que a luta por posição e riquezas é tão dolorosamente visível entre os filhos de Deus? Por que há tão pouco do espírito de abnegação de Moisés?
O mundo poderia ter mais obreiros se mais crentes fossem semelhantes a Moisés. Onde estão os voluntários? Moisés voluntariamente saiu “Fora do Egito” em dependência de Deus, e Deus honrou-o por isso. “Quem está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao Senhor?” (I Cr 29:5).
O tempo está chegando ao seu final e a vinda do Senhor está próxima. “É hora de despertarmos do sono”. Esforços entusiasmados na obra de Deus, sem a correção de nossos caminhos e procedimentos, podem facilmente resultar em profundo prejuízo e depressão. Mas um cuidadoso cultivo daqueles santos padrões que caracterizaram homens de Deus no passado, hão de produzir bênçãos duradouras.
William Woldridge Fereday