Nos últimos dias recebemos duas cartas, a primeira, de alguém das “Testemunhas de Jeová” (de quem não são), queixando-se da doutrina cristã apresentada nos nossos livretos. A outra, de um fiel irmão em Cristo, rogando-nos que publicássemos um artigo conciso e direto sobre o ensino que caracteriza esse grupo, principalmente naquilo que nega as sublimes verdades fundamentais da Escritura acerca da Pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho eterno, “o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente, amém” (Romanos 9:5).
Sempre procuramos que o conteúdo das nossas revistas seja para edificação. Por isso, em vez de atacarmos fortemente aquilo que é falso, nos concentraremos no que é verdadeiro citando muitas passagens da Palavra de Deus que mostram claramente a sublime e fundamental verdade de que Cristo é Deus. De quem fala o Salmo 2? De Cristo. “Bem-aventurados todos os que nele confiam”. Temos de confiar numa criatura, ou no Criador? “Maldito o homem que confia no homem” (Jeremias 17:5).
“E tu Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias 5:2). Quem será este? “Perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo. E eles lhe disseram: Em Belém da Judeia; porque assim está escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o guia que há de apascentar o meu povo de Israel” (Mateus 2:4-6). Os líderes dos judeus sabiam perfeitamente a quem aplicar a profecia, porém na sua incredulidade não citaram a Herodes a última frase da profecia, que declarava a divindade do Messias, do Cristo, ou seja: “cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”.
“Chamarás o seu nome Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:21). Que povo? O povo de Israel. O povo de quem? Do Senhor! O que quer dizer este nome “Jesus”? “O Senhor é salvador” Então, Jesus é o Jeová do Velho Testamento. “E chamarás o seu nome Emanuel, que traduzido é: Deus conosco” (Mateus 1:23). “Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele” (João 12:41). Quando foi que Isaías viu a glória de Jesus? “Eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e o seu séquito enchia o templo. E os serafins estavam acima dele (do trono); cada um tinha seis asas: com duas cobriam os seus rostos, com duas cobriam os seus pés e com duas voavam. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Isaías 6:7-3 – comp. também 6:4-1 com João 12:39-40).
É evidente que Jesus é o Jeová do Velho Testamento. O rei de Israel perguntou: “Sou eu Deus para matar e para vivificar, para que este envie a mim para eu restaurar a um homem da sua lepra?” (II Reis 5:7). “E eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra” (Mateus B:2-3). Ninguém, exceto Deus, podia limpar o leproso ou dar a outro o poder de fazer isso. Jesus não só curou os leprosos, como Deus de Israel, mas também, como Deus, conferiu a outros poder para o fazerem: “Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios” (Mateus 10:8).
Quem era Jesus antes de Se tornar homem? “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. Cristo é Deus; é o Criador; mas chegou aquele momento único em que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1:1-3 e 4), “…que sendo em forma de Deus…”. (Filipenses 2 :6). Seria aquela uma forma falsa? “Aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo”. Nós nascemos na forma de homens, de servos, e não podemos tomar outra forma; mas Jesus, que subsistia na forma de Deus, pôde tomar a forma de servo, e isso numa manifestação pura de graça para levar os nossos pecados no Seu próprio corpo sobre o madeiro. Bendito Salvador!
“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele” (Colossenses 1:16). “Por quem fez também o mundo” (Hebreus 1:2) Cristo é o Criador! Cristo recebeu adoração como Deus. “Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:28-29). Manda-se que os anjos O adorem: “Todos os anjos de Deus o adorem” (Hebreus 1:6). E um ser celestial disse a João: “Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito (ou intento) da profecia” (Apocalipse 19:10).
Mas os líderes das “Testemunhas de Jeová” dizem: “Jesus não foi uma combinação de duas naturezas, a humana e a divina; que quando ele viveu na carne, foi um ser humano, nada mais”. Quando tais pessoas se apresentam à nossa porta, qual é o nosso dever como servos fiéis e obedientes à Palavra de Deus, como João escreveu à senhora com seus filhos (talvez o pai da família já estivesse com o Senhor)? “Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho”. Veja bem, “se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Quem o saúda tem parte nas suas más obras” (II João 1:9-11).
“Ora requer-se dos despenseiros (ou mordomos) que cada um se ache fiel” (I Coríntios 4:2). Um servo de Deus disse: “O guardar e testificar da glória pessoal do Filho de Deus é uma parte importante desta elevada e santa mordomia… Os santos devem erigir um muro de separação entre eles próprios e o que desonra a Cristo. O amor de Deus é um amor santo; por isso não é próprio, nem demonstração de amor divino, admitirmos em nossas casas ou locais de culto os que negam a divindade ‘do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras’” (Tito 2:13-14).
“Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores” (I Timóteo 1:15). Quem era Ele antes de vir ao mundo? Deus. “Antes que Abraão existisse, EU SOU” (João 8:58). “EU SOU” era o Deus de Israel que apareceu a Moisés: “E disse Moisés a Deus… Qual é o seu nome?… E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU” (Êxodo 3:13-14). Disse Jesus: “Se não crerdes que EU SOU, morrereis nos vossos pecados” (João 8:24).
É perfeitamente claro que Cristo é Deus! Mas os líderes das “Testemunhas de Jeová”, dizem: “Antes de vir ao mundo, o nosso Senhor era um anjo criado, e nenhum outro senão o arcanjo Miguel”. Isto faz-nos pensar em II Coríntios 4:4: “O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”. Ora, foi o Filho quem criou os anjos! “O que de seus anjos faz ventos… Mas do Filho diz: Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos” (Hebreus 1:7-8). “Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obras de tuas mãos; eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles como roupa envelhecerão, e como um manto os enrolarás, e como um vestido se mudarão, mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão” (Hebreus 1:10-12). Acerca de quem foi escrito isto? Do Filho. E os anjos? “A qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés? Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” (Hebreus 1:1 0-1 4). Jesus, o Senhor, como nosso “grande Pastor”, manda aos anjos que nos sirvam.
A oração é a linguagem do homem dependente que fala com o Deus onipotente; do remido que fala com o seu Redentor, do filho que fala com o Pai, do servo que fala com o seu senhor. Oras, se Cristo não é Deus, como é que os cristãos se distinguem como, “todos os que em todo o lugar invocam o nome do nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”? (I Coríntios 1:2). A quem Estêvão invocou? Uma criatura? “Senhor Jesus, recebe o meu Espírito… Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:59-60). Acaso Paulo dirigiu-se a uma criatura, quando disse: “Três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim… um espinho na carne” (II Coríntios 12:7-8)? Se Jesus não é Deus, então o que quer dizer esta passagem, “…quero vos fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema; e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espirito Santo” (I Coríntios 12:3)?
E quanto à Sua ressurreição, lemos: “Eu sou o primeiro e último (um título de Deus), e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1:17-18). Dizem os líderes das “Testemunhas de Jeová”: “O homem Jesus está morto, para sempre morto… o homem Cristo Jesus nunca ressuscitou dos mortos”. Isto nos faz pensar no que disse o nosso Senhor do próprio diabo: “Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso e pai da mentira” João 8:44). “Cristo… ressuscitou ao terceiro dia segundo as Escrituras, e foi visto por Cefas e depois pelos doze. Depois foi visto uma vez por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte… Depois foi visto por Tiago e depois por todos os apóstolos. E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo” (I Coríntios 15:3-8 – leia também Mateus 28:2-6; Marcos 76:3-6 e 74; Lucas 24:3-7 e 44-47;João 19:19-20; Atos 7:3; 2:24 e 32, etc.).
As “Testemunhas de Jeová” ignoram voluntariamente o testemunho veraz de quem presenciou os fatos. Pedro disse que “Deus antes ordenara, a nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressuscitou dos mortos” (Atos 10:47). Mas dizem os seus líderes: “Não sabemos nada do que veio a acontecer ao corpo de Jesus, se ele se decompôs, transformando-se em gases; ninguém sabe”. “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho… E não crendo eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então eles apresentaram-lhe parte dum peixe assado e um favo de mel. O que ele tomou e comeu diante deles” (Lucas 24:39-43 – leia também Zacarias 13:6, que trata do futuro).
Meditem nestes nomes e títulos de Cristo. Seriam eles de uma criatura, ou do Deus Criador e onipotente? – “O Senhor… do céu” (I Coríntios 15:47); “Se alguém não ama ao Senhor Jesus Cristo, seja anátema” (I Coríntios 76:22); “…lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus e na terra e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor” (Filipenses 2:9-17); “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2:9). O que haverá para além da plenitude da divindade? Ela habita em Cristo como homem! “Cristo é tudo em todos” (Colossenses 3:11); se Cristo é tudo, então Cristo é Deus. “Aquele que se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima na glória” (I Timóteo 3:16); “o bem-aventurado e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores” (I Timóteo 6:15). Comparemos com Apocalipse 9:16: “E no vestido e na sua coxa está escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores… Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hebreus 13:8). Poderá dizer-se isto de uma criatura?
“Aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (II Pedro 1:1); “e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém” (I João 5:20-27). “E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o AIfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro… Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas” (Apocalipse 22:12-16).
Autor Desconhecido