Cristãos bíblicos genuínos e Católicos partilham várias crenças em comum, incluindo as verdades da Trindade, da deidade de Cristo, da Sua impecabilidade, da Sua morte na cruz pelo pecado do homem e da Sua ressurreição dos mortos e ascensão ao céu. Quando falamos com Católicos não temos de os convencer para crer em Deus, Jesus Cristo ou na Bíblia. As coisas vistas apenas por este prisma parecem indicar não haver diferenças entre o Cristianismo Bíblico e o Catolicismo.
Para acentuar esta aparência, o facto do secularismo, laicismo (Que não sofre influência ou controle por parte da igreja – Doutrina que tende a dar às instituições um caráter não religioso) e relativismo estarem a prevalecer na sociedade contemporânea tem de certo modo juntado o Cristianismo Bíblico e o Catolicismo no mesmo lado da barricada em questões como, a título de exemplo, a família, o aborto, a clonagem e as células estaminais.
Por detrás do realce desta aparência reside uma bem urdida cilada ardilosa por parte de Satanás para fazer ludibriar os verdadeiros crentes.
Nestes dias de relativismo em que as verdades e valores das Escrituras também se têm diluído religiosamente é importante avivar aqui algumas diferenças vitais, que separam o Cristianismo Bíblico do Catolicismo, e inviabilizam qualquer possibilidade de comunhão com este.
A maior diferença talvez se verifique na questão da suficiência e autoridade das Escrituras. O Cristianismo Bíblico assenta no facto de que a Bíblia, e apenas ela, é suficiente para ensinar ao homem tudo o que é necessário para a salvação do pecado, e apenas ela encerra o padrão através do qual os Cristãos devem aferir o seu comportamento.
Os Católicos não creem que só a Bíblia é suficiente. Eles colocam em pé de igualdade, a tradição Católica Romana.
Doutrinas Católicas Romanas como, por exemplo, o Purgatório, a confissão auricular, a reza aos santos, a veneração de Maria, não têm qualquer base nas Escrituras, assentando apenas em tradições Católicas Romanas.
Uma outra grande diferença é o ofício e autoridade do Papa. No Cristianismo Bíblico não há qualquer posição equivalente à do Papa, pois a Bíblia é clara ao afirmar que nenhum ser humano é infalível e que só Cristo é o Cabeça da Igreja. No Cristianismo Bíblico a autoridade da Igreja assenta na Palavra de Deus e não na sucessão apostólica, e todos os crentes podem compreender a Palavra de Deus através do Espírito Santo.
Para os Católicos Romanos, o Papa é o “Vigário de Cristo”, e está no lugar de Jesus como o Cabeça visível da Igreja. É por isso que os seus ensinos são considerados infalíveis e definitivos sobre todos os Cristãos.Devido à ênfase da autoridade da Igreja sobre o indivíduo, os Católicos creem que só a Igreja Católica Romana pode interpretar a Bíblia. No Cristianismo Bíblico todos os Cristãos têm autoridade para interpretar a Bíblia por meio da direção do Espírito Santo.
A questão da salvação também é um ponto de divergência entre o Cristianismo Bíblico e o Catolicismo. No Cristianismo Bíblico uma pessoa é justificada e salva só pela fé em Jesus Cristo apenas. Todavia os Católicos Romanos creem que se pode ser salvo pela fé em Cristo mais as boas obras. Parte do processo da salvação Católica assenta nos sete sacramentos: Baptismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Santa Unção, Ordem e Matrimónio. Para terem acesso à graça de Deus, os católicos precisam dos sacramentos.No Cristianismo Bíblico tal é desnecessário, sendo mesmo um impedimento para se chegar a Deus. As pessoas são convidadas a ir diretamente a Jesus Cristo por meio da fé apenas, para obterem a salvação. Nenhuma obra é requerida. As pessoas não se podem salvar a si mesmas e não podem acrescentar nada ao plano de Deus para a salvação.
Para os Católicos, a fé em Cristo é apenas o começo da salvação, pois as pessoas têm de fazer boas obras para a obterem. O Purgatório, por exemplo, segundo eles, é para onde as pessoas vão se não pagarem o suficientemente pelos seus pecados.
Apesar do Cristianismo Bíblico reconhecer a importância das boas obras, estas são apresentadas como resultado da salvação alcançada e não como parte do processo para a mesma.
Em resumo e de forma clara, o ponto de vista Católico Romano sobre a salvação implica que a expiação de Cristo na cruz não foi suficiente para o pagamento dos pecados dos que creem n’Ele, sendo necessário que estes paguem adicionalmente pelos pecados, quer por actos de penitência quer pelo tempo passado no Purgatório.
Como disse bem o Dr. R. Albert Mohler, ao jornal The Washington Post e à revista Newsweek “o Papa não está certo – não está certo no Papado, não está certo nos sacramentos, não está certo no sacerdócio, não está certo no Evangelho, não está certo no entendimento da Igreja“.
Igreja Quinta do Conde em Portugal – “Pense Bíblia, porque o genuíno cristão deve pensar com a Bíblia”.