Bendita Hora de Oração

Este hino tem se tornado popular em todas as reuniões de oração que se fazem nas igrejas evangélicas. Suas palavras fazem-nos aproximar ainda mais do Senhor que é o Doador de toda a força e consolação no meio das aflições. As Suas palavras fazem-nos recordar que o Senhor Jesus também passou por experiências semelhantes às nossas e que recorreu, muitas vezes, a esse recurso extraordinário, que é a oração. Lemos que inúmeras vezes Ele se retirou do meio da multidão para um lugar à parte ou no deserto, para ali Se entregar à oração (Mt 14.23; 26.36; Mc 1.35; 6.46; Lc 6.12; 9.28).

E somos confortados quando nos lembramos de que o apóstolo Paulo nos exorta, dizendo: “Não andeis ansiosas de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Fp 4.6).

Mas o mais interessante neste hino é que foi ditado por um servo de Deus, um ministro do Evangelho, que era cego! – O Sr. William W. Walford, nascido na Inglaterra. Ele ditou as palavras ao seu colega, o Sr. Thomas Salmon, também pastor de uma Igreja Congregacional, no ano de 1842. Este mandou publicar a letra do hino num periódico, a 13 de Setembro de 1845. Conta-se que o Sr. Walford era um homem que não possuía grande educação cultural, mas que era muito inteligente, e possuía uma memória extraordinária. Diz-se, até, que quando pregava sempre escolhia bem os textos bíblicos e citava-os de cor com muita precisão. Raramente errava na repetição dos Salmos ou nas citações de qualquer parte das Escrituras, quer do Velho, quer do Novo Testamento. Conhecia tão bem os fatos bíblicos que ganhou a fama de saber a Bíblia inteira de cor.

Com o decorrer dos tempos o hino foi traduzido em outras línguas e, em português temos, com algumas alterações, no “Aleluias”, a tradução de Sra. Sara Poulton Kalley; no “Cantor Cristão” (148); a do Sr. T. R. Teixeira em “Hinos e Cânticos” (287).

A música, muito apropriada para as palavras, é de autoria do Sr. William B. Bradbury (1816 – 1868) que a compôs em 1859. O Sr. Bradbury tornou-se muito conhecido, também, como fabricante de pianos e outros instrumentos musicais.

O valor da oração não consiste em pedir, mas, sim, naquela sublime experiência que está ao alcance de qualquer alma – a comunhão com Deus (Harry Emerson Fosdick).

“Tenho sempre tanta coisa para fazer, mas só posso desobrigar-me dessas árduas tarefas após prolongado período de oração” (John Wesley).

“Um cristão de joelhos vê mais que um filósofo na ponta dos pés” (Toplady).

Bendita Hora de Oração

Bendita é sempre a oração, que nos dá paz ao coração

E sobrepuja toda a dor, trazendo auxílio do Senhor

Em tempos de tribulação, no temporal, na tentação,

Procurarei, com mais fervor, a comunhão com meu Senhor.

Bendita é sempre a oração, a voz do nosso coração.

Que eleva ao céu seu clamor. Tão aceitável ao Senhor

E finda a hora de aflição. Os dias maus, a tentação,

Então darei lhor louvor. A meu Jesus, a meu Senhor.

[…]

Bendita Hora de Oração

Bendita hora de oração,

Pois traz-nos paz ao coração,

E vence o mal e toda a dor,

Trazendo auxílio do Senhor.

Em tempos maus, na provação,

Na dor maior, na tentação,

Irei buscar ao meu Senhor,

Com zelo, fé e mais fervor.

Bendita hora de oração,

De doce calma e devoção,

Que eleva ao Céu o seu odor

Em cheiro suave a meu Senhor.

E finda a hora de aflição,

Os dias maus, a tentação,

Então darei melhor louvor

A meu Jesus, a meu Senhor.

Bendita hora de oração,

Pois liga-nos em comunhão,

E traz-nos fé e mais amor,

Enchendo o mundo de dulçor.

Desejo a vida aqui findar

Com fé, amor, constante orar;

E lá no Céu, junto ao Senhor,

Será eterno meu louvor.

Letra: William Walford – Nasceu em 1772 em Bath, Som­er­set­shire, Inglaterra. Faleceu no dia 22 de junho de 1850 em Ux­bridge, Inglaterra.

Música: William Batchelder Bradbury – Nasceu no dia 6 de outubro de 1816 em York, Maine, EUA. Faleceu no 7 de janeiro de 1868 em Mont­clair, Nova Jer­sey. EUA. Repousa no cemitério Bloom­field em Bloom­field, Nova Jer­sey, EUA.