A Falta de Provas e a Prova
Com as mesmas dificuldades em sugerir hipóteses à origem do universo e à origem da vida, os cientistas precisavam sugestões concernentes à explicação sobre o desenvolvimento das espécies até o estágio atual. Muitos empreenderam anos de estudos e diversas teorias apareceram na comunidade científica. Entre elas, destacaram-se as ideias de Lamarck (1744-1829) e a teoria de Darwin (1809-1882).
A Evolução Segundo a Teoria de Darwin
O naturalista Charles Darwin foi um curioso que, tendo abandonado a Faculdade de medicina no segundo ano, partiu numa viagem ao redor do mundo coletando dados, tendo passado inclusive no Brasil. Ao retornar à Inglaterra, escreveu o livro “A Origem das Espécies” (1859), baseado nas seguintes observações:
- As populações naturais crescem rapidamente;
- O tamanho das populações mantém-se constante;
- Os que sobrevivem e reproduzem são os mais aptos: Seleção natural;
- A seleção natural favorece, ao longo das gerações, a adaptação da espécie.
Resumindo, ele alicerçou suas ideias em duas hipóteses principais:
- Todas as formas presentes de vida desenvolveram-se de outras formas primitivas;
- A seleção natural é a responsável pelo processo evolutivo, operando sobre a variabilidade das espécies.
Valendo-se do famoso exemplo das girafas, ele dizia que, antigamente existiam girafas de pescoço longo e de pescoço curto. Com a diminuição ou escassez de alimentos nas partes mais baixas das árvores, somente as primeiras sobreviveram, pois conseguiam buscar os brotos mais altos das árvores, ao passo que as últimas morreram pela dificuldade na obtenção do alimento. Isto é chamado de seleção natural, o principal mecanismo evolutivo.
Com o advento da genética clássica e a redescoberta dos trabalhos de Mendel, no início do século passado, pode-se então sugerir que tais variações decorrem de dois fatores: as mutações e a recombinação genética, que podem originar novos genes e novas combinações gênicas. Esse complemento ficou conhecido como Neo-Darwinismo ou Teoria Sintética.
A ideia evolucionista apresenta, portanto, uma “árvore” para explicar o desenvolvimento das espécies. Pressupõe que tudo tenha se originado em ambiente aquático como uma única célula, bastante rudimentar.
Admite-se que tais seres unicelulares originaram os pluricelulares e, através de mutações e recombinações sob seleção natural, foram surgindo estruturas cada vez mais complexas. O direcionamento do processo evolutivo, associado à adaptação das espécies, conduziu à formação das espécies atuais.
Em suma, todas as formas de vida que vemos ao nosso redor, todas as espécies aquáticas e terrestres, todas, são provenientes de um ancestral comum.
Para que a ideia evolucionista de Darwin tivesse plena aceitação, evidências seriam necessárias. Ele mesmo declara em seu livro que os fósseis seriam o melhor registro para se comprovar a sua ideia, porém, o material disponível em seus dias era escasso e não apontavam para uma possível confirmação de sua teoria. Desde sua publicação, a teoria sempre gerou controvérsias, principalmente pela falta de provas (que tanto preocupava seu articulador). Nos livros específicos são citadas algumas evidências evolutivas:
- Os evolucionistas insistem que os fósseis exibem as contínuas modificações dos seres vivos na terra e tentam reconstruir os elos perdidos;
- Órgãos com mesma origem embrionária e diferentes funções, em espécies distintas, como as asas das aves e os braços humanos, revelam sobre a ancestralidade comum das espécies;
- Órgãos que desempenham a mesma função, como as asas das aves e dos insetos, mas com origem embrionária diferente, mostram acerca da adaptação ao ambiente;
- Semelhança do material genético e de proteínas entre espécies diferentes.
Falácias da Evolução
1. Retorno à Abiogênese: Após séculos de constantes discussões, Pasteur derrubou, no século XIX, a ideia da abiogênese, mostrando que todo ser vivo somente origina-se de outro ser vivo. A teoria da evolução, no entanto, retorna ao princípio da abiogênese, ensinando que o primeiro ser vivo procedeu de matéria abiótica.
2. A Complexidade da Célula: As células são extremamente complexas em sua composição. O desenvolvimento da Biologia Molecular mostrou que as substâncias orgânicas não trabalham sozinhas, mas exige-se uma maquinaria muitíssimo complexa de outras substâncias para o funcionamento da célula. Seria muita ingenuidade de nossa parte acreditarmos que as primeiras células, por mais simples que fossem, pudessem dispor de um mecanismo eficiente de confecção de outras proteínas e ao mesmo tempo “copiarem” descendentes com o mesmo potencial.
3. O Meio Ambiente: Se a ideia da Sopa Primordial fosse verídica, quando aminoácidos estavam se agrupando por acaso na formação do coacervado (para depois originar a proto-célula), deparamo-nos com outro problema: esse aglomerado orgânico conseguiria sobreviver e reproduzir-se num meio tão hostil?
Quimicamente falando, a resposta é: absolutamente, não! Toda substância orgânica apresenta uma tendência à dissolução espontânea muito maior do que à síntese espontânea; isto significa que tais substâncias degradar-se-iam ao invés de transformarem-se em substâncias mais complexas.
4. Probabilidades: A evolução opõe-se aos cálculos matemáticos das leis da probabilidade. O renomado astrônomo e evolucionista Carl Sagan sugeriu que a probabilidade da evolução do homem é de 1/102.000.000.000 (1 com dois bilhões de zeros à esquerda), o que certamente é um evento impossível!
Sir Fred Hoyle, que foi astrônomo e creu na evolução por muitos anos, após cuidadosa análise matemática, publicou um artigo em 1981, intitulado “There Must Be a God” (“É Necessário que Exista um Deus”) e concluiu: “…a chance da ocorrência da evolução é comparável à de um tornado varrer um depósito de sucata e as peças se juntarem, formando um avião Boeing 747”.
5. Fósseis: Aquilo que era um grande entrave para Darwin, continua sendo para os evolucionistas. Apesar de constantemente revistas especializadas estarem noticiando a descoberta de novos fósseis e sugerindo que alguns deles representem grupos de transição (por exemplo, o homem-macaco), pode-se afirmar que realmente não foi encontrado um único tipo que provasse a evolução, ou seja, o famoso O ELO PERDIDO entre as espécies.
A conclusão, avaliada de maneira imparcial, é que as “transformações” permanecem fixas e os fósseis falam de um ato criacional, nunca evolutivo. Por que essas formas transicionais nunca foram encontradas? Certamente, porque elas não existem!
6. Leis da Termodinâmica: A evolução pressupõe que no universo existe uma tendência para a ordem e para a complexidade; a segunda lei da termodinâmica prova que no universo há uma tendência inata para a desordem e a decadência.
7. Mutações: A evolução ensina que mutações são as principais responsáveis pela diversidade das espécies; a genética prova que, praticamente, a totalidade das mutações é deletéria e tendem a eliminar o indivíduo.
8. Seleção Natural: A evolução afirma que a seleção natural explica o desenvolvimento das espécies; porém, uma nova característica “surgida” ou um órgão incipiente que surgisse por mutação, não teria um valor adaptativo, até que se tornasse plenamente eficiente.
9. Causa e Efeito: A lei científica diz que nenhum efeito pode ser maior que a causa. De acordo com Dr. Morris, “a evolução contradiz esta lei, pois presume que a inteligência surgiu de matéria não inteligente, que a moralidade desenvolveu de processos amorais, que os sentimentos e o amor surgiram de elementos insensíveis, que estruturas complexas originaram de inícios simples e a consciência espiritual surgiu de moléculas inertes”.
Torna-se, portanto, muito difícil e até mesmo impossível aceitar a teoria de Darwin:
- Primeiro, como acatar uma teoria onde nenhuma prova a favor de suas reivindicações foi encontrada (nem um fossilzinho sequer!)?;
- Segundo, como aceitar uma ideia onde seus princípios ferem leis matemáticas, físicas e químicas, sendo discrepante em relação às observações da genética?;
- Terceiro, o próprio bom senso fala contra: acompanhei a gravidez de minha esposa e fico encantado ao pensar que a partir de duas células formou um ser vivo no útero que foi nutrido cuidadosamente através do sangue; cada célula foi ocupando seu lugar, tecido cobrindo tecido, formaram-se os órgãos e, algum tempo depois, surgiu a nossa filhinha maravilhosa!
Essa complexidade tão perfeita não pode ter surgido de um acaso ou de mudanças espontâneas em um ancestral primitivo. Crer nisto é um atentado à inteligência!
Porém, a prova maior está na Bíblia. Deus relata que cada ser vivente foi criado conforme a sua espécie (Gn 1:21, 24-25) e o homem à sua imagem e semelhança (27-28). Ele nos forma no seio materno e escreve todos os nossos dias (Sl 139:13-18). Ele cria todas as coisas (Is 45:12; Jo 1:3). A quem devemos dar crédito? A um homem, que viveu dias depressivos longe de Deus? A cientistas, desprovidos da orientação do Espírito Santo? Ou Àquele que nos criou e nos amou a ponto de dar Seu Filho por nós?
Que possamos proclamar esse único e Todo-Poderoso Deus às pessoas que vivem no engano deste mundo. Que a mesma missão dada ao apóstolo Paulo seja a nossa: “… para os quais eu te envio, para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At 26:17-18).
Dirceu Packer