A Bíblia e Mulheres Mestras

Benjamin Breckinridge Warfield uma vez escreveu: É muito claro que aquele que modifica os ensinos da Palavra de Deus, no menor particular, numa ditação de qualquer opinião formado pelo homem, já se apartou do fundamento cristão, e já é, em princípio, um herege. A própria essência da heresia é que os modos de pensamento e padrões, originando-se em outro lugar que não na Escritura de Deus, recebem peso decisivo quando colidem com os ensinos de Deus [2].

Se Warfield está correto, e o presente escritor está convencido que sim, então há uma grande heresia em ação dentro da igreja de Jesus Cristo. A última metade do século XX e os primeiros anos do século XXI têm visto um influxo de mulheres pregadoras e mestras na igreja. Isso não é meramente o caso com denominações apóstatas e liberais, mas mesmo professas igrejas ortodoxas têm aquiescido à pressão do feminismo. A Evangelical Presbyterian Church [3] permite mulheres como presbíteros. A Church in America [4] e a Associate Reformed Presbyterian Church [5] têm igrejas onde se permite que as mulheres ensinem a Bíblia onde homens estão presentes. A Presbyterian Church in America [6], a Orthodox Presbyterian Church [7], e a Reformed Presbyterian Church of North America [8] todas têm igrejas onde existem mulheres líderes de cântico na adoração pública (o que, de acordo com Colossenses 3:16, é uma atividade de ensino). Elisabeth Elliot, Joni Eareckson Tada, e Kay Arthur estão (ou já estiveram) envolvidas em conferências na igreja onde homens estão presentes. Tristemente, os ensinos da Palavra de Deus estão sendo abandonados para se conformar à agenda “politicamente correta” dos nossos dias. O que está em jogo aqui é a autoridade da Palavra de Deus.

O elemento liberal na igreja tem pouca afinidade pelo princípio bíblico do Sola Scriptura. Nessa tendência, o raciocínio humanista, as ordens culturais, as tradições dos homens, e assim por diante, estão todos no mesmo nível da Bíblia. Os modernistas não estão preocupados com um abandono da Palavra de Deus. Todavia, a coisa estranha sobre o movimento de “mulheres como mestras” é que alguns defensores desse fenômeno dentro de círculos “ortodoxos” estão alegando apoio bíblico para a sua visão.

É geralmente concordado que existem três passagens principais do Novo Testamento com respeito a mulheres mestras na igreja: 1 Coríntios 11:2-16, 1 Coríntios 14:33-38 e 1 Timóteo 2:11-15 [9]. As duas últimas são mais didáticas que a primeira. Em 1 Coríntios 14:34-35, o apóstolo Paulo escreve: “As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja”. Então, em 1 Timóteo 2:12 ele diz: “Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio”. É difícil imaginar como Paulo poderia ter falado mais claramente do que nessas duas passagens. As mulheres são proibidas de “falar”, isto é, “ensinar” na igreja [10]. O ministério de ensino da igreja pertence a homens (compare 1 Timóteo 3 e Tito 1). Em Coríntios 11, por outro lado, o apóstolo não proíbe que as mulheres orem e profetizem na igreja, nem permite que façam. Ele meramente ordena que as mulheres sejam submissas à autoridade dos seus maridos (como em Efésios 5:22-33) [11].

Digno de nota é o fato que em cada uma dessas três passagens Paulo leva seus leitores de volta ao relato da criação para mostrar que seu ensino está de acordo com o Antigo Testamento (veja 1 Coríntios 11:7-9; 14:34b; e 1 Timóteo 2:13). O apóstolo está dizendo que o que ele está ensinando nessas epístolas tem sido o caso desde o princípio. Deus estabeleceu essa estrutura de autoridade no tempo da criação, e ela não deve ser alteada. A posição bíblica elucidada por Paulo sobre esse assunto, nas palavras de Warfield, é “precisa, absoluta e todo-inclusiva” [12]. E como Gordon Clark comentou, quando o apóstolo diz “que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor” (1 Coríntios 14:37), ele destrói o argumento “daqueles que rejeitam quaisquer das instruções de Paulo sobre a base que elas são culturalmente condicionadas” [13].

Como Warfield falou há quase um século, enquanto o movimento feminista vê a mulher como apenas outro indivíduo ao lado do homem, com nenhuma diferença entre os dois, a Bíblia, embora claramente reconhecendo a igualdade ontológica de homens e mulheres, também identifica estruturas de autoridade. O homem tem autoridade sobre a mulher [14]. As mulheres não têm permissão para ensinar homens publicamente, na igreja; fazê-lo seria violar a estrutura de autoridade que Deus estabeleceu em sua igreja desde o princípio do tempo. Calvino concordava. O papel do ensino, escreveu o Reformador de Genebra, tem a ver com autoridade. Visto que a mulher está debaixo de autoridade, “ela é consequentemente proibida de ensinar em público” [15].

Eruditos bíblicos que se opõem ao ensino de Paulo, Warfield e Calvino, afirmam que existem mulheres profetas tanto no Antigo como no Novo Testamento. Êxodo 15:20-21; Juízes 4-5; e 2 Reis 22:14 são citados como exemplos do Antigo Testamento; enquanto Lucas 2:36-38; Atos 2:18; 21:9; Filipenses 4:2-3; e 1 Coríntios 11:2-16 são citados como exemplos do Novo Testamento.

Antes de estudar essas passagens deveríamos entender primeiro o significado de “profecia” como o termo é usado na Bíblia. De acordo com a Escritura, os profetas bíblicos tinham várias funções: (1) Predizer eventos futuros (por exemplo, Isaías 7:14; 9:6-7; 53:1-12; Miquéias 5:2; Atos 21:10-11); (2) Declarar, isto é, pregar e ensinar (por exemplo, Isaías 1:1-20; Oséias 6:1-3; Joel 2:12-27; Lucas 4:16-27); (3) Edificar, exortar e consolar (por exemplo, 1 Coríntios 14:3); (4) Dar graças e louvor (por exemplo, 1 Samuel 10:5; 1 Crônicas 25:3) [16]. Desses exemplos é óbvio que o conceito bíblico de profecia é bem amplo. Uma análise de vários léxicos do grego mostra que a palavra “profecia” pode ter vários significados: expressar, predizer, proclamar, declarar, ensinar, refutar, repreender, admoestar, confortar [17].

É também importante para nós entender a visão bíblica de hermenêutica como ensinada no capítulo 1 (“Da Sagrada Escritura”) da Confissão de Fé de Westminster, que mantém que existe uma harmonia em tudo da Escritura. A Bíblia não se contradiz: há uma “harmonia de todas as suas partes”. Isso significa que “a regra infalível de interpretação da Escritura é a própria Escritura”. Os Reformadores referiam-se a essa regra primária de interpretação bíblica como “a analogia da fé” (a partir da declaração de Paulo em Romanos 12:6). O fato que a Escritura é logicamente consistente implica que “quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura (sentido que não é múltiplo, mas único), esse texto deve ser estudado e compreendido por outros textos que falem mais claramente”. As passagens menos claras, então, devem ser interpretadas por passagens mais claras. E visto que as duas passagens citadas acima (1 Coríntios 14:34-35 e 1 Timóteo 2:12) são muitíssimo claras em proibir que as mulheres ensinem ou preguem na igreja, devemos ser muito cautelosos quando diz respeito a interpretar outros textos menos claros que podem a princípio parecer ensinar o oposto. Com isso em mente, segue um estudo das passagens citadas acima: Êxodo 15:20-21 – Essa passagem nos informa que Miriã era uma profetiza, mas também nos diz como ela usava os seus dons proféticos. Ela, com “todas as mulheres” (não homens), louvaram a Deus por meio de cântico e dança. Isso é muito parecido com o tipo de profecia que lemos em 1 Crônicas 25:3, que fala sobre aqueles que “profetizavam com a harpa, louvando e dando graças ao SENHOR”. Com respeito ao texto de Êxodo 15, Calvino comentou apropriadamente que “embora Moisés honre sua irmã pelo título de ‘profetiza’, ele não diz que ela assumiu o ofício de ensino público, mas somente que ela era líder e dirigente das outras [mulheres] no louvor a Deus” [18].

Juízes 4-5 – Débora foi uma profetiza e juíza durante o período dos Juízes. Seu dom de profecia, contudo, em nenhum lugar é dito ser o ministério público da Palavra de Deus. Pelo contrário, esses dois capítulos indicam fortemente que seu ministério era aquele de conselho e julgamento privado (4:5), e cântico (5:1-31). Pode ser argumentado, de acordo com Isaías 3:12 (“Os opressores do meu [de Deus] povo são crianças, e mulheres dominam sobre ele; ah, povo meu! Os que te guiam te enganam, e destroem o caminho das tuas veredas”), que o fato de uma mulher estar sentada como juiz nesse tempo é indicativo da condição apóstata de Israel (o cântico de Juízes 5 testemunha sobre a fraqueza do Israel nacional no tempo de Débora). Deus levantou uma mulher piedosa como governadora para envergonhar um povo apóstata. Se esse é o caso, o status de Débora como governadora deve ser visto como uma maldição sobre a nação, não uma bênção.

2 Reis 22:14 – Aqui lemos que Hulda era uma profetiza do Antigo Testamento. Também lemos que seu ministério ocorria em conselho privado. Jackson comentou: “Embora Hulda fosse uma profetiza, o registro único do seu ministério profético envolvia alguns homens indo até ela onde eles conversavam em privado… É impossível encontrar pregação pública aqui” [19].

Lucas 2:36-38 – O texto nos diz que Ana era uma profetiza que servia no Templo, mas também nos diz qual era o seu serviço: “jejuns e orações”. Não há a mínima sugestão que Ana tinha um ministério público de pregação ou ensino. Além do mais, como Josefo escreveu, no Templo de Herodes havia uma área particionada específica além da qual as mulheres não eram permitidas. Era chamada de corte das mulheres, e separava os homens das mulheres [20]. Assim, com Ana, qualquer instrução deve ter sido privada em natureza.

Atos 18:26 – Esse versículo diz que Priscila esteve envolvida na instrução de Apolo. Mas também afirma que sua instrução aconteceu junto com e (mais provavelmente) sob a direção do seu marido Áquila (o nome dele é mencionado primeiro), e isso foi feito em privado.

Atos 2:17-18 e 21:0 – Nesses versículos lemos que haviam profetizas na igreja do primeiro século. Mas como Calvino apontou, nada é dito sobre o seu profetizar em público. Utilizando o princípio reformado da “analogia da fé” (que “a regra infalível de interpretação da Escritura é a própria Escritura”), o genebrino disse: “E visto que Ele [Deus] não permite que mulheres tenham qualquer ofício público na igreja, entende-se que elas profetizavam em casa, ou em algum lugar privado, sem a assembleia comum” [21].

1 Coríntios 11:2-16 – Talvez essa passagem seja a mais usada para apoiar a visão que as mulheres deveriam receber permissão para orar e/ou profetizar na adoração pública da comunidade do Novo Pacto, de forma que olharemos para ela com maior detalhe. Já observamos que essa passagem não proíbe nem permite que as mulheres orem e/ou profetizem (ensinem ou preguem) na igreja. Em 1 Coríntios 11 Paulo é silente sobre o assunto. Três capítulos adiante, contudo, ele fala mui claramente: “As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar… é vergonhoso que as mulheres falem na igreja” (14:34-35). Portanto, 1 Coríntios 11 não deve ser usada para governar ou esclarecer a passagem mais clara (cap. 14) no ensino de Paulo. Fazê-lo seria violar o princípio hermenêutico da analogia da fé como ensinado na Confissão de Fé de Westminster, que “a regra infalível de interpretação da Escritura é a própria Escritura; e, portanto, quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura… esse texto deve ser estudado e compreendido por outros textos que falem mais claramente”.

Filipenses 4:2-3 – Nesses versículos Paulo escreve que Evódia e Síntique “trabalharam comigo [Paulo] no Evangelho”. Mas isso não implica de forma alguma que essas mulheres tinham um ministério de ensino. Em Lucas 8:1-3, por exemplo, lemos de várias mulheres que partilhavam do ministério de Jesus. Mas era Cristo quem estava fazendo o ensino, e eram as mulheres que estavam ajudando a sustentar ele e o seu grupo apostólico.

Então, também, embora seja verdade que nesse capítulo Paulo declara que é impróprio que uma mulher profetize sem um símbolo de autoridade em sua cabeça; todavia, é uma falácia lógica (a falácia de negar o antecedente) assumir que simplesmente porque as mulheres são proibidas de profetizar sem uma cobertura na cabeça, então é permitido que o façam quanto tiverem [22]. Isto é, simplesmente porque uma mulher não pode orar e/ou profetizar com sua cabeça descoberta, não implica que ela possa orar e/ou profetizar com sua cabeça coberta. João Calvino, sendo o comentarista habilidoso que era, reconheceu esses dois pontos. Comentando sobre essa passagem, ele escreveu:

Não obstante, pode parecer desnecessário a Paulo proibir uma mulher de profetizar com a cabeça descoberta, visto que em 1 Timóteo 2:12 ele sumariamente priva a mulher de falar na Igreja. Portanto, as mulheres não têm o direito de profetizar, nem mesmo com suas cabeças cobertas; e a conclusão óbvia é que para Paulo é perda de tempo prosseguir discutindo aqui a questão da cobertura da cabeça. A isso respondo que, ao desaprovar o apóstolo uma coisa, aqui, não significa que está aprovando a outra, ali. Pois quando as censura de profetizarem com a cabeça descoberta, ele não está absolutamente fazendo uma concessão para profetizar, senão que está protelando a censura contra este erro para outra passagem [cap. 14]. Esta é uma resposta perfeitamente adequada. Entretanto pode-se se adequar a situação plenamente bem, dizendo que o apóstolo espera das mulheres esta conduta modesta, não só no local onde toda a congregação se reúne, mas também em qualquer outra das reuniões mais formais, seja de senhoras, seja de senhores, como às vezes sucede em reuniões domésticas privativas [23].

Aqui Calvino aplicou os dois princípios mencionados acima: (1) que os textos mais claros da Escritura (nesse caso, 1 Coríntios 14:34-35 e 1 Timóteo 2:12) devem ser usados para explicar os textos menos claros (nesse caso, 1 Coríntios 11:2-16); e (2) ele também reconhece a falácia lógica de negar o antecedente.

Conclusão

A evidência bíblica é bem clara. As passagens mais didáticas restringem o ministério de ensino da igreja aos homens. Além disso, mesmo os textos que supostamente permitem que as mulheres ensinem na igreja não fazem isso. É verdade que Deus usou mulheres no ministério profético antes do fechamento do cânon da Escritura. Mas nunca somos informados que elas realizavam um ministério de ensino público. E mesmo aqui, como Calvino tão apropriadamente declara: “se em determinado tempo as mulheres exerceram o ofício de profetizas e mestras, e foram levadas a agir assim pelo Espírito Santo, Aquele que está acima da lei pode proceder assim; sendo, porém, um caso extraordinário, não se conflita com a norma constante e costumeira” [24].

As mulheres têm uma função importante a realizar na obra do reino de Deus. Elas devem ser “ajudadoras” dos seus maridos (Gênesis 2:18, 20), donas de casa piedosas (1 Timóteo 5:14; Tito 2:5), ensinando os filhos e outras mulheres a como servir ao Senhor (Tito 2:3-5). Mas elas não devem ser mestras dentro da igreja de Cristo. A função de ensino público é reservada aos homens.Nas palavras de Robert Reymond:

Primeiro, Paulo proíbe expressamente que as mulheres ensinem ou exerçam autoridade sobre homens; antes, elas devem ficar quietas nas igrejas (1 Timóteo 2:12; 1 Coríntios 14:33b-36). Visto que são os presbíteros que devem desempenhar essas funções, as mulheres necessariamente são proibidas de exercer esse ofício [presbiterato]. Em segundo lugar, a lista de qualificações para o presbítero em 1 Timóteo 3:2-7 e Tito 1:6-9 assume que os presbíteros seriam homens: um presbítero deve ser marido “de uma mulher” e “que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes”. Em terceiro lugar, com apenas raras exceções (por exemplo, Débora e Hulda; veja Juízes 4-5 e 2 Reis 22:14-20), há um padrão consistente de liderança masculino entre o povo de Deus por toda a Bíblia. Jesus mesmo designou somente homens como seus apóstolos. Uma igreja que ordenaria uma mulher ao presbiterato está indo contra o testemunho consistente da Escritura se opondo a tal ação, bem como aos 3500 anos de história bíblica e cristã [25].

As feministas do século XXI veem o modelo bíblico para mulheres como degradante, queixando-se contra Deus e exigindo o despedaçamento do “teto de vidro”26 que está sobre a igreja de Cristo. Aqui, elas estão certas num aspecto somente, isto é, ao reconhecer que existe um “teto de vidro” sobre a igreja de Cristo. O que deve ser entendido aqui, contudo, é que Deus é aquele que construiu esse “teto de vidro”. Aqueles que tentarem despedaçar esse teto o farão para o seu próprio risco. “Não erreis”, escreve Paulo, “Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem [ou mulher] semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7).

W. Gary Crampton [1]

[…]

1 Fonte: Trinity Foundation

2 Benjamin Breckinridge Warfield, como citado por John W. Robbins, Scripture Twisting in the Seminaries (The Trinity Foundation, 1985), vii.

3 Igreja Evangélica Presbiteriana.

4 Igreja na América.

5 Associação Reformada das Igrejas Presbiterianas.

6 Igreja Presbiteriana na América.

7 Igreja Presbiteriana Ortodoxa.

8 Igreja Presbiteriana Reformada da América do Norte.

9 Michael P. V. Barrett, The Beauty of Holiness: A Guide to Biblical Worship (Greenville, South Carolina: Ambassador International, 2006), 199-204; Benjamin Breckinridge Warfield, “Paul on Women Speaking in Church,” The Church Effeminate, editado por John W. Robbins (The Trinity Foundation, 2001), 212-216.

10 Embora Paulo use o infinitivo “falar” em 1 Coríntios 14:34, e o infinitivo “ensinar” em 1 Timóteo 2:!2, é óbvio (comparando Escritura com Escritura) que aquilo mencionado por ele como “falar” em 1 Coríntios 14 inclui o “ensino” de 1 Timóteo 2. O que está sendo proibido aqui são mulheres pregando e/ou ensinando.

11 John Gill, Exposition of the Old and New Testaments (Paris, Arkansas: The Baptist Standard Bearer,1989), VIII:684. Comentando sobre 1 Coríntios 11:5, citando 1 Coríntios 14:34-35 e 1 Timóteo 2:12, Gill escreveu: “Não que a mulher tivesse a permissão de orar publicamente na congregação, muito menos pregar ou explanar a Palavra, pois essas coisas não eram permitidas a elas”.

12 Warfield, “Paul on Women Speaking in Church,” 215.

13 Gordon H. Clark, First Corinthians (The Trinity Foundation, 1991), 248.

14 Warfield, “Paul on Women Speaking in Church,” 215.

15 John Calvin, Commentaries, Volumes 1-22 (Grand Rapids: Baker Book House, 1981), Commentary on 1 Corinthians 14:34. Calvino continua e diz que as mulheres nunca deveriam estar em alguma posição de autoridade e governo. Ele escreveu: “E inquestionavelmente, mesmo onde a propriedade natural deva ser mantida, as mulheres em todas as eras têm sido excluídas do gerenciamento público das coisas. É o ditado do senso comum, que o governo civil é impróprio e inconveniente”.

16 Wayne Jackson, Shall We Have Women Preachers? tem sido muito útil nesses pontos.

17 Veja por exemplo, William F. Arndt and F. Wilbur Gingrich, A Greek-English Lexicon of the New Testament (Chicago: University of Chicago Press, 1979), 722-724; Colin Brown, editor, Dictionary of New Testament Theology (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1978, 1986), 3:74-92; e Gerhard Kittel and Gerhard Friedrich, editores, Theological Dictionary of the New Testament (Grand Rapids: Eerdmans Publishing Company, 1968, 1988), VI:828-861.

18 Calvin, Comentário sobre Êxodo 15:20-21.

19 Jackson, Shall We Have Women Preachers? 4.

20 Flavius Josephus, The Works of Josephus (Peabody, Massachusetts: Hendrickson Publishers, 1987), traduzido por William Whiston, “The Wars of the Jews,” Livro 5, Capítulo 5.

21 Calvin, Comentário sobre Atos 21:9.

22 A falácia lógica de negar o antecedente é expressa simbolicamente como “Se P, então Q; não P, portanto não Q”. Veja John Robbins (editor) em Warfield, “Paul on Women Speaking in Church,” 214.

23 Calvin, Comentário sobre 1 Coríntios 11:5.

24 Calvin, Comentário sobre 1 Timóteo 2:12.

25 Robert L. Reymond. A New Systematic Theology of the Christian Faith, 1998, 900-901.

26 Inglês glass ceiling: Suposto limite do avanço profissional imposto sobre mulheres e outras minorias; barreira à ascensão, ponto além do qual não se consegue progredir (N. do T.).