A Bíblia Como A Palavra de Deus

O estudo da Bíblia tem por finalidade precípua o conhecimento de Deus. Isso é visto desde o primeiro versículo dela, do qual se nota que tudo tem o seu centro em Deus. Portanto, a causa motivacional de ensinar a Bíblia aos outros deve ser a de levá-los a conhecer a Deus. Se chegarmos a conhecer o Livro e falharmos em conhecer a Deus, erramos no nosso propósito, e também o propósito de Deus por meio do seu Livro seria baldado.

Que as Escrituras são de origem divina é assunto resolvido. Deus, na sua palavra, é testemunha concernentemente a si mesmo. Quem tem o Espírito de Deus deposita toda a confiança nela como a Palavra de Deus, sem exigir provas nem argumentos. Portanto, sob o ponto de vista legal, a Bíblia não pode estar sujeita a provas e argumentos. Apresentamos algumas provas da Bíblia como a Palavra de Deus, não para crermos que ela é divina, mas porque cremos que ela é divina. É satisfação para nós, crentes na Bíblia, podermos apresentar evidências externas daquilo que cremos internamente, no coração.

O presente século é caracterizado por ceticismo, racionalismo, materialismo e outros “ismos” sem conta. A Bíblia, em meio a tais sistemas, sempre sofre grandes ameaças. Até há pouco tempo, a luta do Diabo visava destruir o próprio Livro, mas vendo que não conseguia isso, mudou de tática e agora procura perverter a mensagem do Livro. Seitas e doutrinas falsas proliferam por toda parte coadjuvadas pelo fanatismo e ignorância prevalecentes em muitos lugares. Nossa crença na Bíblia deve ser convicta, sólida e fundamental; não deve ser jamais um eco ou reflexo dos outros. Se alguém lhe perguntar, leitor: “Por que você crê que a Bíblia é a Palavra de Deus?”. Saberá você responder adequadamente? Muitos crentes têm sua crença na Bíblia desde a infância, através dos pais, mas nunca fizeram um estudo profundo e acurado para verificarem a realidade da origem divina da Bíblia. Apresentamos agora algumas provas da origem divina da Bíblia, as quais evidenciam esse Livro como a Palavra de Deus.

I. A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA (1 prova)

O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina (Jó 32.8; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). É devido à inspiração divina que ela é chamada a Palavra de Deus (2 Timóteo 3.16 no original). Que vem a ser “inspiração divina”? Para melhor compreensão, vejamos primeiro o que é inspiração. No sentido fisiológico, é a inspiração do ar para dentro dos pulmões. É pela inspiração do ar que temos fôlego para falar. Daí o ditado “Falar é fôlego”. Quando estamos falando, o ar é expelido dos pulmões: é o que chamamos de expiração. Pois bem, Deus, para falar a sua Palavra através dos escritores da Bíblia, inspirou neles o seu Espírito! Portanto, inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura de erro.

A própria Bíblia reivindica a si a inspiração de Deus, pois a expressão “Assim diz o Senhor”, como carimbo de autenticidade divina, ocorre mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros; isso além de outras expressões equivalentes. Foi o Espírito de Deus quem falou através dos escritores (2 Crônicas 20.14; 24.20; Ezequiel 11.5). Deus mesmo dá testemunho da sua Palavra (Salmo 78.1; Isaías 51.15,16; Zacarias 7.9,12). Os escritores, por sua vez, evidenciam ter inspiração divina (2 Reis 17.13; Neemias 9.30; Mateus 2.15; Atos 1.16; 3.21; 1 Coríntios 2.13; 14.37; Hebreus 1.1; 2 Pedro 3.2.).

Teorias falsas da inspiração da Bíblia

Quanto à inspiração da Bíblia, há várias teorias falsas, que o estudante não deve ignorar. Umas são muito antigas, outras bem recentes, e ainda outras estão surgindo por aí afora. Nalgumas delas, para maior confusão, a verdade vem junto com o erro, e muitos se deixam enganar. Vejamos as principais teorias falsas da inspiração da Bíblia.

a. A teoria da inspiração natural, humana, ensina que a Bíblia foi escrita por homens dotados de gênio e força intelectual especiais, como Milton, Sócrates, Shekespeare, Camões, Rui, e inúmeros outros. Isto nega o sobrenatural. É um erro fatal de consequências imprevisíveis para a fé. Os escritores da Bíblia reivindicam que era Deus quem falava através deles (2 Sm 23.2 com At 1.16; Jr 1.9 com Ed 1.1; Ez 3.16,17; At 28.25, etc.).

b. A teoria da inspiração divina comum ensina que a inspiração dos escritores da Bíblia é a mesma que hoje nos vem quando oramos, pregamos, cantamos, ensinamos, andamos em comunhão com Deus, etc. Isto é errado, porque a inspiração comum que o Espírito nos concede:

b1) Admite gradação, isto é, o Espírito Santo pode conceder maior conhecimento e percepção espiritual ao crente, à medida que este ore, se consagre e procure a santificação, ao passo que a inspiração dos escritores na Bíblia não admite graus. O escritor era ou não era inspirado;

b2) A inspiração comum pode ser permanente (1 Jo 2.27), ao passo que a dos escritores da Bíblia era temporária. Centenas de vezes encontramos esta expressão dos profetas: “E veio a mim a palavra do Senhor”, indicando o momento em que Deus os tomava para transmitir a sua mensagem.

c. A teoria da inspiração parcial ensina que algumas partes da Bíblia são inspiradas, outras não; que a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas apenas contém a Palavra de Deus – Se esta teoria fosse verdadeira, estaríamos em grande confusão, por que quem poderia dizer quais as partes inspiradas e quais as não-inspiradas? A própria Bíblia refuta isso em 2 Timóteo 3.16 (ARA). Também em Marcos 7.13, o Senhor aplicou o termo “A Palavra de Deus” a todo o Antigo Testamento. (Quanto ao Novo Testamento, ver João 16.12 e Apocalipse 22.18,19.).

d. A teoria do ditado verbal ensina a inspiração da Bíblia só quanto às palavras, não deixando lugar para a atividade e estilo do escritor, o que é patente em cada livro. Lucas, por exemplo, fez cuidadosa investigação de fatos conhecidos (Lc 1.4). Esta falsa teoria faz dos escritores verdadeiras máquinas, que escreveram sem qualquer noção de mente e raciocínio. Deus não falou pelos escritores como quem fala através de um alto-falante. Deus usou as faculdades mentais deles.

e. A teoria da inspiração das ideias ensina que Deus inspirou as ideias da Bíblia, mas não as suas palavras. Estas ficaram a cargo dos escritores. Ora, o que é a palavra na definição mais sumária, senão “a expressão do pensamento”? Tente o leitor agora mesmo formar uma ideia sem palavras… Impossível! Uma ideia ou pensamento inspirado só pode ser expresso por palavras inspiradas. Ninguém há que possa separar a palavra da ideia. A inspiração da Bíblia não foi somente “pensada”; foi também “falada” – Ver a palavra “falar” em 1 Coríntios 2.13; Hebreus 1.1; 2 Pedro 1.21. Isto é, as palavras foram também inspiradas (Ap 22.19). Dum modo muito maravilhoso, vemos a inspiração das palavras da Bíblia, não só no emprego da palavra exata, mas também na ordem em que elas são empregadas; no original, é claro. Apenas três exemplos: Jó 37.9 e 38.19 (a palavra precisa); 1 Coríntios 6.11 (ordem das palavras no seu emprego).

A teoria correta da inspiração da Bíblia é a chamada Teoria da Inspiração Plenária ou Verbal. Ela ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas; que os escritores não funcionaram quais máquinas inconscientes; que houve cooperação vital e contínua entre eles e o Espírito de Deus que os capacitava. Afirma que homens santos escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém sob uma influência tão poderosa do Espírito Santo, que o que eles escreveram foi a Palavra de Deus. Explicar como Deus agiu no homem, isso é difícil! Se, no ser humano, o entrosamento do espírito com o corpo é um mistério inexplicável para os mais sábios, imagine-se o entrosamento do Espírito de Deus com o espírito do homem! Ao aceitarmos Jesus como Salvador, aceitamos também a Palavra escrita como a revelação de Deus. Se o aceitamos, aceitamos também a sua Palavra. A inspiração plenária cessou ao ser escrito o último livro do Novo Testamento. Depois disso, nem os mesmos escritores, nem qualquer servo de Deus pode ser chamado inspirado no mesmo sentido.

Diferença entre “revelação” e “inspiração” (no tocante à Bíblia)

Revelação é a ação de Deus pela qual Ele dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas, o que o homem, por si só, não podia saber. Exemplos: Daniel 12.8; 1 Pedro 1.10,11. (Quanto à inspiração, já foi dada a sua definição no início deste capítulo.) A inspiração nem sempre implica em revelação. Toda a Bíblia foi inspirada por Deus, mas nem toda ela foi dada por revelação. Lucas, por exemplo, foi inspirado a examinar trabalhos já conhecidos e escrever o Evangelho que traz o seu nome (Lucas 1.1-4). O mesmo se deu com Moisés, que foi inspirado a registrar o que presenciara, como relata o Pentateuco.

Exemplos de partes da Bíblia que foram dadas por revelações:

a. Os primeiros capítulos de Gênesis. Como escreveria Moisés sobre um assunto anterior a si mesmo? Se não foi revelação, deve ter lançado mão de escritores existentes. Há uma antiga tradição hebraica que declara isto.

b. José interpretando os sonhos de Faraó (Gn 40.8; 41.15,16,38,39).

c. Daniel declarando ao rei Nabucodonosor o sonho que este havia esquecido, e em seguida interpretando-o (Dn 2.2-7,19,28-30).

d. Os escritos do apóstolo Paulo. Ora, Paulo não andou com o Senhor Jesus. Ele creu por volta do ano 35 d.C., porém, em suas epístolas, conduz-nos a profundezas de ensino doutrinário sobre a Igreja, inclusive no que tange à escatologia. Assuntos de primeira grandeza sobre a regeneração, justificação, paracletologia, ressurreição, glorificação, etc, são abordados por ele – Como teve Paulo conhecimento de tudo isso? Ele mesmo no-lo diz em Gálatas 1.11,12 e Efésios 3.3-7: por revelação! Nos seus escritos, há passagens onde essa revelação é bem patente, como em 1 Coríntios 11.23-26, onde ele diz: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei…”. Por sua vez, o capítulo 15 de 1 Coríntios, também por ele escrito, é a passagem mais profunda e completa da Bíblia sobre a ressurreição.

Diferença entre declarações da Bíblia e registro de declarações

A Bíblia não mente, mas registra mentiras que outros proferiram. Nesses casos, não é a mentira do registro que foi inspirada, e sim o registro da mentira.

A Bíblia registra que o insensato diz no seu coração “Não há Deus” (SI 14.1). Esta declaração “Não há Deus” não foi inspirada, mas inspirado foi o seu registro pelo escritor. Outro exemplo marcante é o do caso da morte do rei Saul. Este morreu lançando-se sobre sua própria espada (1 Sm 31.4); no entanto, o amalequita que trouxe a notícia de sua morte, mentiu, dizendo que fora ele quem matara Saul (2 Sm 1.6-10). Ora, o que se deu aí foi apenas o registro da declaração do amalequita, mas não significa que a Bíblia minta. Há muitos desses casos que os inimigos da Bíblia aproveitam para desfazer dos santos escritos. A Bíblia registra, inclusive, declarações de Satanás. Suas declarações não foram inspiradas por Deus, e sim o registro delas. Sansão mentiu mais de uma vez a Dalila; a Bíblia não abona isso, apenas registra o fato (Jz cap. 16). Durante a leitura bíblica, é preciso verificar: quem está falando, para quem está falando, para que tempo está falando, e em que sentido está falando.

II. A PERFEITA HARMONIA E UNIDADE DA BÍBLIA (2 prova)

A existência da Bíblia até os nossos dias só pode ser explicada como um milagre. Há nela 66 livros, escritos por cerca de 40 escritores, cobrindo um período de 16 séculos. Esses homens, na maior parte dos casos, não se conheceram. Viveram em lugares distantes de três continentes, escrevendo em duas línguas principais. Devido a estas circunstâncias, em muitos casos, os autores nada sabiam sobre o que já havia sido escrito. Muitas vezes um escritor iniciava um assunto e, séculos depois, um outro completava-o, com tanta riqueza de detalhes, que somente um livro vindo de Deus podia ser assim. Uma obra humana, em tais circunstâncias, seria uma babel indecifrável!

Consideremos alguns pormenores dessa harmonia

a. Os escritores foram homens de todas as atividades da vida humana, daí a diversidade de estilos encontrados na Bíblia. Moisés foi príncipe e legislador, além de general. Josué foi um grande comandante. Davi e Salomão, reis e poetas. Isaías, estadista e profeta. Daniel, chefe de estado. Pedro, Tiago e João, pescadores. Zacarias e Jeremias, sacerdotes e profetas. Amos era homem do campo: cuidava de gado. Mateus, funcionário público. Paulo, teólogo e erudito, e assim por diante. Apesar de toda essa diversidade, quando examinamos os escritos desses homens, sob tantos estilos diferentes, verificamos que eles se completam, tratando de um só assunto! O produto da pena de cada um deles não gerou muitos livros, mas um só livro, poderoso e coerente!

b. As condições. Não houve uniformidade de condições na composição dos livros da Bíblia. Uns foram escritos na cidade, outros no campo, no palácio, em ilhas, em prisões e no deserto. Moisés escreveu o Pentateuco nas solitárias paragens do deserto. Jeremias, nas trevas e sujidade da masmorra. Davi, nas verdes colinas dos campos. Paulo escreveu muitas de suas epístolas nas prisões. João, no exílio, na ilha de Patmos. Apesar de tantas diferentes condições, a mensagem da Bíblia é sempre única. O pensamento de Deus corre uniforme e progressivo através dela, como um rio que, brotando de sua nascente, vai engrossando e aumentando suas águas até tornar-se caudaloso. A mensagem da Bíblia tem essa continuidade maravilhosa!

c. Circunstâncias. As circunstâncias em que os 66 livros foram escritos também são as mais diversas. Davi, por exemplo, escreveu certas partes de seus trabalhos no calor das batalhas; Salomão, na calma da paz… Há profetas que escreveram em meio a profunda tristeza, ao passo que Josué escreveu durante a alegria da vitória. Apesar da pluralidade de condições, a Bíblia apresenta um só sistema de doutrinas, uma só mensagem de amor, um só meio de salvação. De Gênesis a Apocalipse há uma só revelação, um só pensamento, um só propósito.

d. A razão dessa harmonia e unidade. Se a Bíblia fosse um livro puramente humano, sua composição seria inexplicável. Suponhamos que 40 dos melhores escritores atuais, providos de todo o necessário, fossem isolados uns dos outros, em situações diferentes, cada um com a missão de escrever uma obra sua. Se no final reuníssemos todas as obras, jamais teríamos um conjunto uniforme. Seria a pior miscelânea imaginável! Concorda o leitor? Pois bem, imagine isto acontecendo nos antigos tempos em que a velha Bíblia foi escrita… A confusão seria muito maior! Não havia meios de comunicação, nem facilidades materiais, mas dificuldades de toda a sorte.

IMAGINE O QUE SERIA A BÍBLIA SE NÃO FOSSE A MÃO DE DEUS!

Não há na Bíblia contradição doutrinária, histórica ou científica. Uma coisa maravilhosa é que esta unidade não jaz apenas na superfície; quanto mais profundo for o estudo, tanto mais ela aparecerá. Há, é certo, na Bíblia, aparentes contradições. Seus inimigos sustentam haver erros nela em grande quantidade. Mas o que acontece é que estando alguém com uma trave no olho (Mt 7.3-5), sua visão fica deformada. Um espírito farisaico, cepticista e orgulhoso, sempre achará falhas na Bíblia, geralmente porque já se dirige a ela com ideias preconcebidas e falsas.

Há uma história interessante de uma senhora que estava falando das roupas amarelas que sua vizinha punha a secar no varal, porém, na semana seguinte, lavando ela sua vidraça e olhando para fora, disse – a vizinha mudou muito; suas roupas estão alvas agora… Mas eram suas vidraças que estavam sujas! A diferença estava aí.

Se alguma falha for encontrada na Bíblia, será sempre do lado humano, como tradução mal feita, grafia inexata, interpretação forçada, má compreensão de quem estuda, falsa aplicação aos sentidos do texto, etc. Portanto, quando encontrarmos na Bíblia um trecho discrepante, NÃO PENSEMOS LOGO QUE É ERRO! Saibamos refletir como Agostinho, que disse: “Num caso desses, deve haver erro do copista, tradução mal feita do original, ou então -sou eu mesmo que não consigo entender…”..

Quanto à unidade física da Bíblia, ninguém sabe ao certo como os 66 livros se encontraram e se agruparam num só volume. Isto foi obra de Deus! Sabemos que os escritores não escreveram os 66 livros de uma vez, nem em um só lugar, nem com o objetivo de reuni-los num só volume, mas em intervalos, durante 16 séculos, e, em lugares que vão da Babilônia a Roma!

Finalizando o estudo desta prova da Bíblia como Palavra de Deus, reiteramos que a perfeita harmonia desse livro é, para a mente humilde e sincera, uma prova incontestável da sua origem divina. É uma prova de que uma única mente via tudo e guiava os escritores.

Suponhamos que, na cidade onde moramos, um edifício fosse ser construído com pedras a serem preparadas em várias partes do Brasil. Chegadas as pedras, ao serem colocadas, encaixavam-se perfeitamente na construção, satisfazendo todos os detalhes e requisitos da planta. Que diria o leitor se tal fato acontecesse? Que apenas um arquiteto dirigira os operários nas diversas pedreiras, dando minuciosas instruções a cada um deles. É o caso da Bíblia. O Templo da verdade de Deus. As “pedras” foram preparadas em tempos e lugares remotos, mas ao serem postas juntas, combinaram-se perfeitamente, porque atrás de cada elemento humano estava em operação a mente infinita de Deus!

III. A APROVAÇÃO DA BÍBLIA POR JESUS (3ª Prova)

Inúmeras pessoas sabem quem é Jesus; creem que Ele fez milagres; creem em sua Ressurreição e Ascenção, mas… não creem na Bíblia! Essas pessoas precisam conhecer a atitude e a posição de Jesus quanto à Bíblia. Ele leu-a (Lc 4.16-20); ensinou-a (Lc 24.27); chamou-a “A Palavra de Deus” (Mc 7.13); e cumpriu-a (Lc 24.44).

A última referência citada (Lc 24.44) é muito maravilhosa, porque aí Jesus põe sua aprovação em todas as Escrituras do Antigo Testamento, pois Lei, Salmos e Profetas eram as três divisões da Bíblia nos dias do Novo Testamento.

Jesus também afirmou que as Escrituras são a verdade (Jo 17.17). Viveu e procedeu de conformidade com elas (Lc 18.31). Declarou que o escritor Davi falou pelo Espírito Santo (Mc 12.35,36). No deserto, ao derrotar o grande inimigo, fê-lo com a Palavra de Deus (Dt 6.13,16; 8.3).

Nota: O título “Sagradas Escrituras” ou “Escrituras” pode vir no plural ou singular, porém sempre com letra maiúscula. Exemplos no plural: Mateus 21.42; Lucas 24.32; João 5.39. No singular: João 7.38,42; 19.36,37; 20.9; Atos 8.32. No singular e com minúscula refere-se a uma passagem particular: Marcos 12.10; Lucas 4.21; Atos 1.16 -(todas no ARC: a ARA põe tudo em maiúsculas). “Sagradas Escrituras”, ou “A Sagrada Escritura”, é o nome sagrado da revelação divina, assim como “Testamento” é o seu nome de compromisso, e “Bíblia”, seu nome como livro.

O leitor poderá dizer: “Tratamos do Antigo Testamento, e, do Novo?”. Bem, quanto ao Novo Testamento, em João 14.26, o Senhor Jesus, antecipadamente, pôs o selo de sua aprovação divina ao declarar: “O Espírito Santo… vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”. Assim sendo, o que os apóstolos ensinaram e escreveram não foi a recordação deles mesmos, mas, a do Espírito Santo. No mesmo Evangelho, capítulo 16.13,14, o Senhor disse ainda que o Espírito Santo os guiaria em “toda a verdade”; portanto, no NT temos a essência da revelação divina. No versículo 12 do citado capítulo, Jesus mostrou que seu ensino aqui foi parcial, devido à fraqueza dos discípulos, mas ao mesmo tempo declarou que o ensino deles, sob a ação do Espírito Santo, seria completo e abrangeria toda a esfera da verdade divina.

Diante de tudo que acabamos de dizer, quem aceita a autoridade de Cristo, aceita também as Escrituras como de origem divina, tendo em vista o testemunho que delas dá o Senhor Jesus – Quem pode apresentar argumentos?

IV. O TESTEMUNHO DO ESPIRITO SANTO DENTRO DO CRENTE, QUANTO À BÍBLIA (4ª prova)

Em cada pessoa que aceita Jesus como Salvador, o Espírito Santo põe em sua alma a certeza quanto à autoridade da Bíblia. É uma coisa automática. Não é preciso ninguém ensinar isso. Quem de fato aceita Jesus, aceita também a Bíblia como a Palavra de Deus, sem argumentar. Em João 7.17, o Senhor Jesus mostra como podemos ter dentro de nós o testemunho do Espírito Santo quanto à autoria divina da Bíblia: “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus…”. Assim como o Espírito Santo testifica que nós, os crentes, somos filhos de Deus (Rm 8.16), testifica-nos também que a Bíblia é a mensagem de Deus para nós mesmos. Esse testemunho do Espírito Santo no interior do crente, no tocante às Escrituras, é superior a todos os argumentos humanos! É aqui que labora em erro a Igreja Romana, ao afirmar que, para se crer na origem divina da Bíblia é preciso decisão da referida igreja, como se a verdade de Deus dependesse da opinião de homens, como bem o disse o teólogo e reformador Calvino.

V. O CUMPRIMENTO FIEL DAS PROFECIAS DA BÍBLIA (5ª prova)

O Antigo Testamento é um livro de profecias (Mt 11.13). O Novo Testamento, em grande parte, também o é. Referimo-nos aqui, evidentemente às profecias no sentido preditivo. Há, no Antigo Testamento, duas classes dessas profecias: as literais, e as expressas por tipos e símbolos. Destas há inúmeras no Tabernáculo (Hb 10.1). Muitas profecias da Bíblia já se cumpriram no passado, em sentido parcial ou total; muitas outras cumprem-se em nossos dias, e muitas outras ainda se cumprirão no futuro. As profecias sobre o Messias, proferidas séculos antes de seu nascimento, cumpriram-se literalmente e com toda a precisão quanto a tempo, local e outros detalhes. Por exemplo: Gênesis 49.10; Salmo 22; Isaías 7.14; 53 (todo); Daniel 9.24-. 26; Miquéias 5.2; Zacarias 9.9 etc. Outro ponto saliente nas profecias bíblicas é o referente à nação israelita. A Bíblia prediz sua dispersão, seu retorno, sua restauração e seu progresso material e espiritual. Exemplos: Levítico 26.14,32,33; Deuteronômio 4.25-27; 28.15,64; Isaías 60.9; 61.6; 66.8; Jeremias 23.3; 30.3; Ezequiel 11.17; 36; 37.

Em Ezequiel 37, está uma das mais claras profecias sobre o despertamento nacional e espiritual do povo israelita. O cumprimento dessas profecias está em marcha perante nossos olhos. Há inúmeros outros casos de famosas profecias bíblicas. Ciro, o monarca persa, Deus chamou-o pelo nome através do profeta Isaías, 150 anos antes do seu nascimento! (Is 44.28). Josias, rei de Judá, também foi chamado pelo nome 300 anos antes do seu nascimento (1 Reis 13.2 com 2 Reis 23.15-18.) Os últimos quatro impérios mundiais – Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma – são admiravelmente descritos muitos anos antes de eles surgirem no horizonte do cenário mundial (Daniel capítulo 2 e 7). Também, com uma precisão incrível, a história de toda a raça humana é descrita em forma profética (isto é, a história no sentido natural), em Gênesis 9.25-27.

O cumprimento contínuo das profecias da Bíblia é uma prova de sua origem divina. O que Deus disse sucederá (Jr 1.12). Graças a Deus por tão sublime e glorioso Livro!

VI. A INFLUÊNCIA BENÉFICA DA BÍBLIA NAS PESSOAS E NAÇÕES (6ª prova)

O mundo hoje é melhor devido à influência da Bíblia. Mesmo os próprios inimigos da Bíblia admitem que nenhum livro em toda história da humanidade teve tamanha influência para o bem; eles reconhecem o seu efeito sadio na civilização. Milhões de pessoas antes de conhecerem, amarem e obedecerem a este Livro, eram escravos do pecado, dos vícios, da idolatria, do medo, das superstições, da feitiçaria. Eram mundanas, vaidosas, iracundas, desconfiadas, etc. Mas, depois que abraçaram este Livro, foram por ele transformadas em criaturas salvas, alegres, libertas, felizes, santificadas. Abandonaram todo o mal em que antes viviam e tornaram-se boas pessoas para a família, para a sociedade e para a pátria. Mostrem-me, se for possível, outro livro com o poder de influenciar e transformar beneficamente, não só indivíduos, mas regiões e nações inteiras, conduzindo-os a Deus!

Disse o grande comentador devocional da Bíblia, Dr. F. B. Meyer: “O melhor argumento em favor da Bíblia é o caráter que ela forma”.

Vejamos um pouco da condição moral de alguns povos sem a Bíblia:

a. Os gregos. Dentre os povos antigos, os gregos foram os mais cultos e doutos nas letras. Seus filósofos e literatos foram os maiores de todos os tempos. No entanto, a grande cultura grega e seus livros sem conta, nunca detiveram a onda de licenciosidade, impureza e idolatria que sempre prevaleceu no mundo grego. Em Corinto, por exemplo, havia, no templo de Vênus, mil mulheres devotas que traziam ao seu tesouro os lucros de sua impureza. Sócrates fazia da moral o assunto único da sua filosofia, e mesmo assim, recomendava a adivinhação, e ele próprio se entregava à fornicação. Platão, o grande discípulo de Sócrates, ensinava que mentir era coisa honrosa. A sabedoria deles e seus milhares de livros não os conduziu à salvação desses e outros males. Estes dois, Platão e Sócrates, foram homossexuais ativos, como relata o historiador romano Suetônio.

b. Os romanos. Foram os mais famosos como legisladores, guerreiros, oradores e poetas. Sua legislação, em parte, era boa, porque em parte veio de Moisés (o maior legislador). Muitas das leis brasileiras vêm das leis portuguesas, que, por sua vez, vieram das romanas, hauridas, como já dissemos, do Pentateuco. No entanto, o padrão dos costumes e da moral, foi dos mais baixos em Roma, como bem registra a História. Mesmo entre as famílias abastadas, civilizadas e regularmente constituídas, as descobertas arqueológicas, gravuras e descrições revelam fatos que o recato proíbe enumerar. Cícero, o maior orador romano, um espécime de excelência dentre os romanos, defende a fornicação, e a recomenda, e, por fim, pratica o suicídio. Catão, o Censor, tido como o mais perfeito modelo de virtude, foi réu da prostituição e embriaguez; advogou, e, mais tarde, praticou o suicídio.

Júlio César tinha encontros amorosos com o rei Nicomedes da Bitínia. O imperador Calígula (37-41 d.C.) viveu amasiado com sua irmã Drusila (Suetônio). Nero, o famigerado imperador romano, viveu com sua irmã Agripina. Viveu depois amasiado com dois eunucos; o primeiro chamado Sporus, e o segundo Doríphorus (Suetônio). Messalina, a imperatriz, esposa de Cláudio, imperador de 41-54 d.C. foi extremamente depravada (Juvenal).

Se isto era assim entre a classe alta, o que não acontecia na classe baixa?

É somente a Bíblia que nos faz ser diferentes desses povos. Sem ela, nós nos tornaríamos semelhantes a eles. O nosso mundo orgulha-se hoje de ter atingido os píncaros do saber e de haver produzido os mais importantes e melhores livros, entretanto a onda de pecado e mal avassala a humanidade como um rolo compressor. Comparemos tudo isso com o caráter, a formação, a personalidade ideal dos verdadeiros seguidores da Bíblia!

Todo homem que vive a Bíblia, pautando sua vida pelos seus santos ensinos, também ama a Deus e vive para Ele. Por outro lado, todos os que se opõem à Bíblia e rejeitam sua autoria divina, vivem para si mesmos; são obstinados, cruéis, desumanos, instáveis, prepotentes; ímpios, acima de tudo. Em suma, quanto mais o homem crê em Deus, mais aproxima-se da Bíblia. É como disse certa senhora crente a um moço, nos Estados Unidos: “Este livro te guardará do pecado, ou o pecado te guardará deste livro!”.

Quanto à educação, não há filosofia educacional segura se não for alicerçada sobre os ensinos fundamentais da Bíblia. A educação moderna reconhece que a formação do caráter é a suprema finalidade de seu trabalho, mas, isto não irá muito longe, a menos que se reconheça que a única base do verdadeiro caráter é a Bíblia. Fé na Bíblia é a maior força de qualquer moço ou moça na prossecução da vida e da carreira educacional. A mocidade precisa saber disso. A tragédia é que, professores aos milhares em todo o mundo, saturados e narcotizados por falsa dialética e filosofia vil, desencaminham os jovens, desde a mais tenra idade. Saiba-se, portanto, que a Bíblia é o livro mais maravilhoso do mundo, e que seus ensinos tão simples e ao mesmo tempo profundos, servirão de guia para a sua vida mais feliz e mais bem sucedida, sendo sempre a base segura e única para encontrarmos o nosso Criador na eternidade. Considerando tudo que acabamos de dizer quanto à influência poderosa da Bíblia e seu poder transformador, evidenciado tanto nos indivíduos como em nações inteiras, perguntamos: Donde vem tal livro, senão de Deus?

VII. A BÍBLIA É SEMPRE NOVA E INESGOTÁVEL (7ª prova)

O tempo não afeta a Bíblia. É o livro mais antigo do mundo e ao mesmo tempo o mais moderno. Em mais de 20 séculos o homem não pôde melhorá-la… Se a Bíblia fosse de origem humana, é claro que em dois milênios, ela de há muito estaria desatualizada. Uma vez que o homem moderno se jacta de tanto saber, era de esperar que já tivesse produzido uma Bíblia melhor! Realmente isto é uma evidência da Bíblia como a Palavra de Deus! Tendo em vista o vasto progresso alcançado pelo homem, especialmente nos dois últimos séculos, só podemos dizer que, se ele não produziu um livro melhor, para substituir a Bíblia, é porque não pôde. Muitos também reclamam por não ser estritamente científica a linguagem da Bíblia. Ora, a Bíblia trata primeiramente da redenção da humanidade. Além disso, termos científicos mudam ou ficam para trás, à medida que a ciência avança. Sempre temos termos novos na Ciência.

A Bíblia nunca se torna um livro antigo, apesar de ser cheio de antiguidades. Ela é tão hodierna como o dia de amanhã. Sua mensagem milenar tanto satisfaz a criança como o ancião encanecido. A Bíblia pode ser lida vezes sem conta sem se poder encontrar suas profundezas e sem que o leitor perca por ela o interesse. Acontece isso com os demais livros?! Quem já se cansou de ler Salmo 23; João 3.16; Romanos 12; 1 Coríntios 12? É que cada vez que lemos essas passagens (para não falar nas demais), descobrimos coisas que nunca tínhamos visto antes. Depois de quase 2.000 anos de escrito o último livro da Bíblia, a impressão que se tem é que a tinta do original está ainda secando…

Até o fim dos tempos o velho e precioso Livro continuará a ser a resposta às indagações da humanidade a respeito de Deus e do homem. Nos seus milhares de anos de leitura, a Bíblia nunca foi esgotada por ninguém.

VIII. A BÍBLIA É FAMILIAR A CADA POVO OU INDIVÍDUO EM QUALQUER LUGAR (8ª prova)

Através do mundo inteiro, qualquer crente, ao ler a Bíblia, recebe sua mensagem como se esta fora escrita diretamente para ele. Nenhum crente tem a Bíblia como livro alheio, estrangeiro, como acontece aos demais livros traduzidos. Todas as raças consideram a Bíblia como possessão sua. Por exemplo, ao lermos “O Peregrino” sabemos que ele é inglês; ao lermos “Em Seus passos que Faria Jesus?” sabemos que é norte-americano, porque seus autores são oriundos desses países. É assim com a Bíblia? Não! Nós a recebemos como “nossa”. Isso acontece em qualquer país onde ela chega. Ninguém tem a Bíblia como livro “dos outros”. Isto prova que ela procede de Deus – o Pai de todos!

Qual a pessoa que, ao ler o Salmo 23, acha que ele foi escrito para os judeus? Aos que vivemos no Brasil, a impressão que temos é que ele foi escrito diretamente para nós. A mesma coisa dirão os irmãos dos demais países. A mensagem da Bíblia é a mesma em todas as línguas. Nisto vemos que ela é diferente de todos os demais livros do mundo. Se fosse produto humano, não se ajustaria às línguas de todas as nações. Nenhum outro livro pode igualar-se à Bíblia nessa parte. É mais uma prova da sua origem divina.

IX. A SUPERIORIDADE DA BÍBLIA EM RELAÇÃO AOS DEMAIS LIVROS, QUANTO À COMPOSIÇÃO (9ª prova)

É muito interessante comparar nalguns pontos os ensinos da Bíblia com os de Zoroastro, Buda, Confúcio, Sócrates, Sólon, Marco Aurélio e muitos outros autores pagãos. Os ensinos da Bíblia superam os desses homens em todos os pontos imagináveis. Só dois pontos vamos destacar dessa superioridade.

a. A Bíblia contém mais verdades que todos os demais livros juntos. Ajuntem, se possível, todos os melhores pensamentos de toda a literatura antiga e moderna; retirem o imprestável; ponham toda a verdade escolhida num volume, e verão que este jamais substituirá a Bíblia! Entretanto, a Bíblia não é um volume grande. Pode ser conduzida no bolso do paletó. Todavia, há mais verdades neste pequeno livro do que em todos os outros que o homem produziu em todos os séculos. Como se pode explicar isso? Há somente uma resposta racional e judiciosa: este livro não veio do homem: veio de Deus!

b. A Bíblia só contém verdades. Se há mentiras, não são dela; apenas nela foram registradas. Ao passo que os demais livros contêm verdade misturada com mentira ou erro. Reconhecemos que há joias preciosas nos livros dos homens, mas, é como disse certa vez Joseph Cook: “São joias retiradas da lama!” Qualquer verdade encontrada em trabalhos humanos, seja do ponto de vista moral ou espiritual, acha-se em essência no velho Livro. Comparemos alguns dos melhores ensinos desses famosos homens, especialmente dos decantados filósofos, com os da Bíblia. De fato, seus ensinos contêm joias de real valor, mas, estas, quer saibam eles quer não, são joias roubadas, e do Livro que eles ridicularizam! Poderíamos incluir aqui também a superioridade da Bíblia quanto aos demais livros, no que tange à sua preservação em meio a tantos ataques, em todos os tempos.

X. A IMPARCIALIDADE DA BÍBLIA (10ª prova)

Se a Bíblia fosse um livro originado do homem, ela não poria a descoberto as faltas e falhas dele. Os homens jamais teriam produzido um livro como a Bíblia, que só dá toda a glória a Deus e mostra a fraqueza do homem (Jó 14; 17.1; 27; SI 50.21,22; 51.5; 1 Cor1.19-25). A Bíblia tanto diz que Davi era um homem segundo o coração de Deus (At 13.22), como também revela seus pecados, como vemos nos livros de Reis, Crônicas e Salmos. É também o caso da embriaguez de Noé, da dissimulação de Abraão, de Ló, da idolatria e luxúria de Salomão. Nada disto está escrito para nossa imitação, mas para nossa admoestação e para provar a imparcialidade da Bíblia. É ela o único livro assim.

Só a Bíblia ensina que o homem está em condições físicas, mentais e morais decadentes e que, se deixado só, decairá cada vez mais. Os livros humanos ensinam o oposto. Dizem que há no homem uma “Força residente” que constantemente procura elevá-lo. Este ensinamento é agradável ao homem, porque o homem adora crer que se está desenvolvendo às suas custas, apesar dos milhares de sepulturas que são acrescentadas diariamente aos cemitérios. O homem jamais escreveria um livro como a Bíblia, que põe em relevo as suas fraquezas e defeitos.

Conclusão sobre a origem da Bíblia

Deus é o único que pode ter sido o autor da Bíblia, porque:

  • Homens ímpios jamais iriam produzir um livro que sempre os está condenando.
  • Homens justos e piedosos jamais cometeriam o crime de escreverem um livro e depois fazerem o mundo crer que esse livro é obra de Deus.
  • Os judeus – guardiães da Bíblia, jamais poderiam ser os autores dela, pois ela sempre condena suas transgressões, pondo seus defeitos a descoberto. Também se eles tivessem podido mexer nela, teriam apagado todos esses males, idolatrias e rebeliões contra Deus, nela registrados.

Antonio Gilberto – A Bílblia Através dos Séculos.

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